Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/12/2011, sobre perguntar na entrevista de emprego sobre a rotatividade da função pretendida.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Em entrevista de emprego, pega mal perguntar qual é a rotatividade da função?
Dúvida de um ouvinte: "Numa entrevista de emprego, pega mal um candidato perguntar ao entrevistador qual é a rotatividade da função?"
Não. Esse é o tipo de pergunta que todo candidato deveria fazer. A rotatividade é um dos indicadores mais relevantes sobre a política de uma empresa, tanto em termos de remuneração quanto em ambiente de trabalho. Quem gostaria de entrar em uma empresa e só aí descobrir que metade dos que entram não chega a completar um ano de casa?
O que pode pegar mal não é a pergunta em si, mas o momento em que ela é feita. Usualmente, uma entrevista de emprego parece uma via de mão única. Durante quase todo o tempo, as qualificações do candidato estão sendo avaliadas e ele se limita a responder ao que lhe é perguntado, sem encontrar uma brecha para entender o que encontrará pela frente caso seja contratado.
E não é incomum que uma entrevista seja dada por encerrada com a frase "Entraremos em contato", sem que o candidato tenha tido uma única chance de entender se aquela é uma empresa em que ele gostaria de trabalhar.
Então, mesmo que o entrevistador dê o papo por terminado, o candidato não deve se submeter à falta de informações. Basta dizer: "Posso fazer uma ou duas perguntas?" Ao ser concedida a permissão, é sempre bom começar pegando leve. Perguntar, por exemplo, "Quais características a empresa aprecia mais em um empregado?" É uma pergunta óbvia, mas algumas das perguntas que o entrevistado respondeu, também eram.
Em seguida, o candidato deve abordar as questões que realmente lhe interessam. Rotatividade é uma. Incentivo ao estudo é outra. A empresa tem como política financiar parte de um curso? Se o entrevistador se mostrar pouco a vontade para responder, ou sem vontade alguma, a resposta já estará dada.
Max Gehringer, para CBN.
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