Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/09/2013, sobre idade e resistência a mudanças.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Resistentes são nocivos?'
Um douto ouvinte escreve: "Sou médico, tenho 58 anos com várias especializações. Sei que pareço um dinossauro perto dos Ys e dos millennials, mas gosto de ouvir e aprender, e aceito mudanças. O que me incomoda é um rótulo impositivo que permeia o mundo corporativo: o de resistente. Se eu discordo de algo, com argumentos bem estruturados, imediatamente vem o carimbo: resistente. Em todos os textos que pesquisei, só encontrei menções ao fato de que os resistentes são nocivos. Pergunto se isso é mesmo verdade, do ponto de vista corporativo?"
Não, claro que não é. E também não é um privilégio dos mais idosos, dos mais experientes ou dos mais antigos de casa.
Agora a pouco eu estava lendo uma outra mensagem. E um jovem de 22 anos reclamando por ter sido obrigado a mudar de mesa, porque o local para onde ele foi mudado é mais escuro e mais barulhento. Pode ser que ele tenha toda razão, mas se colocarmos a mesma frase que ele usou na boca de um funcionário de 58 anos, com certeza a resistência em trocar de mesa seria atribuída unicamente à idade, e não ao escuro ou ao barulho, mesmo que ele prove com um fotômetro ou um decibelímetro que não está apenas sendo ranheta.
O que posso lhe dizer é que empresas precisam de resistentes. Se todos resistem sempre a mudanças, a empresa irá quebrar por obsolescência. Se não há ninguém que resista a propostas absurdas, ela irá quebrar por falta de foco e de bom senso.
Então, não se preocupe, doutor. Resista com bravura aos anti-resistentes, que tentam usar um rótulo para ganhar uma discussão que não ganhariam com dados e fatos.
Max Gehringer, para CBN.
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