Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/09/2013, com um ouvinte que trabalha em uma empresa familiar cujo filho do dono começou a dar os seus pitacos.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Trabalho em uma empresa familiar e não aguento mais o filho do dono'
"Trabalho em uma empresa familiar", um ouvinte escreve. "Estou nela já faz vinte e tantos anos e sempre me dei muito bem com o dono. Este ano, porém, o filho do dono, um jovem cheio de novas ideias e não muito educado, foi colocado pelo pai no negócio. O dono me pediu para ter paciência com o rapaz, mas eu me sinto de certa forma aviltado pelos comentários impertinentes do moço, que não tem experiência, mas se acha um sabe-tudo porque estudou fora do Brasil. Não sei por quanto tempo vou conseguir suportar essa situação. Como sempre tive muita abertura para falar com o dono, será que esse seria um bom caminho?"
Não, infelizmente não seria. Todos os casos iguais ao seu que eu vi na vida profissional, resultaram na dispensa do funcionário mais antigo. Ou de imediato, no caso de um entendimento mais forte, ou mais tarde, quando o dono se afastou e o filho assumiu a direção da empresa.
Eu entendo que não é fácil suportar uma mudança dessas. Mas seria prudente você mostrar ao filho que ele terá seu apoio integral naquilo que for necessário.
A boa notícia que posso lhe dar é que também já vi casos em que o próprio dono defendeu os funcionários mais antigos quando o herdeiro achou que precisava renovar o quadro, sem que houvesse um motivo plausível para fazer isso.
O dono é sempre alguém que sente muito orgulho por ter criado a empresa e não vai passá-la de mão beijada, sem que o filho prove que merece essa consideração do pai.
Em outras palavras, o dono está de olho, tanto no filho quanto em você. Se você fizer bem a sua parte, pode ter certeza de que o dono fará bem a parte dele.
Max Gehringer, para CBN.
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