2013-09-24

'Subordinado não aceita críticas e age com grosserias' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/09/2013, com uma ouvinte que tem um funcionário que aparentemente não aceita muito bem críticas.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Subordinado não aceita críticas e age com grosserias'

raiva

Uma ouvinte escreve: "Tenho um subordinado que é bom no que faz, mas está sempre na defensiva. Ele não aceita críticas, mesmo quando comete um erro que não pode ser atribuído a mais ninguém. Quando chamo a atenção dele e explico onde ele errou, a reação dele é de grosseria. Como faço para ele entender que o fato de um gestor apontar um erro não é um insulto ao subordinado?"

Vamos lá. Tentando entender o outro lado. Existem profissionais, e não são poucos, que sofrem tanto com os próprios erros que nem precisam ser criticados. Eles exercem uma pressão tão forte e tão contínua sobre si mesmos que uma crítica adicional só piora o estado de ânimo deles.

Então, a reação que você qualificou como grosseria pode na verdade ser de pura frustração. Ao ser criticado, o seu subordinado desabafa por ter errado e não por ter sido chamado a atenção. Você seria, portanto, uma testemunha da reação dele, e não o alvo dela.

Pode até ser que seu subordinado seja grosso e refratário a hierarquia. Mas acredito que, se assim fosse, você já teria tomado providências mais enérgicas. Se você o mantém é porque ele é bom. E nesse caso basta você entender que as pessoas reagem de modo diferente a críticas. E que você, como gestora, precisa descobrir como cada um deve ser estimulado.

A minha sugestão é que você converse com esse subordinado e diga a ele que você está disposta a aceitá-lo como ele é, desde que ele não coloque a sua posição em risco.

Eu tive um subordinado assim. E passei a me comunicar com ele através de bilhetes. Ele lia, desabafava a raiva sozinho e depois vinha falar comigo, bem mais calmo e consciente de que havia errado.

Max Gehringer, para CBN.


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