Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/03/2014, sobre como as mudanças tecnológicas estão separando gerações.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Mudanças tecnológicas estão separando gerações
Uma ouvinte escreve: "Tenho 42 anos e estou ficando cada vez menos tolerante com os novos funcionários contratados pela empresa em que trabalho. São jovens que durante o expediente ficam pendurados nas redes sociais ou falando ao celular. E o que é pior: não desgrudam os olhos do celular quando estão conversando com os colegas mais antigos, e chegam ao cúmulo de teclar mensagens durante uma conversa de trabalho. A mim me parece que eles estão ali mais para passar o tempo do que para fazer algo útil. Devo levar esse assunto ao conhecimento da chefia?"
Não, não é uma boa ideia. A questão é que tudo o que você descreveu já faz parte da rotina dos jovens. E nunca fez parte da sua. Daí o seu estranhamento. E pode ter a certeza de que os jovens não estão fazendo isso para provocar você. O que pode lhe parecer falta de educação ou de atenção, talvez não influa tanto no resultado do trabalho em si. E se influir, esse é um problema do seu chefe, e não seu.
Toda essa mudança tecnológica está realmente separando gerações. Quando você começou a trabalhar, há uns vinte e tantos anos, a maneira de desafogar a tensão no trabalho era despender algum tempo conversando na cozinha do escritório, ou no banheiro ou com a colega ao lado. Hoje os jovens fazem a mesma coisa, só que se comunicam com quem está distante.
Existem empresas que proíbem o acesso à internet e o uso do celular durante o expediente. Mas elas são em número cada vez menor. O que posso lhe sugerir é tentar acompanhar os jovens, já que não tolerá-los não irá mais mudar os hábitos deles.
Max Gehringer, para CBN.
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