2014-03-13

Curso de sustentabilidade não pode ser o único do currículo - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/03/2014, sobre como um curso de sustentabilidade no currículo pode ajudar, ou não, no mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Curso de sustentabilidade não pode ser o único do currículo

curso de sustentabilidade

Uma ouvinte pergunta: "Estou pensando em fazer algum curso ligado à sustentabilidade. Isso me daria mais chances no mercado de trabalho?"

Sim, se esse curso for complementar a outro que você já tenha. Se for o único curso que você tiver, as chances diminuem bastante.

No mercado de trabalho existem certos termos que ganham notoriedade durante algum tempo. E sustentabilidade é um deles. Está tão na moda que até virou nome de partido político. O conceito, entretanto, é muito antigo.

Quando eu tinha treze anos, minha mãe me falou: "Vê se estuda bastante pra arrumar um bom emprego, porque não vamos ficar te sustentando a vida inteira." Ou seja, ela já sabia o que era sustentabilidade. Se fosse hoje, provavelmente minha mãe diria: "Meu filho, devido aos nossos escassos recursos domésticos, é vital para o seu futuro que você comece a considerar uma opção sustentável de carreira profissional."

O problema com certas palavras que se tornam chavões e são muito repetidas, é que elas rapidamente se transformam em palavras-chiclete, porque podem ser esticadas em qualquer direção e grudadas em qualquer lugar. Foi assim com empregabilidade há alguns anos. E a sustentabilidade corre o mesmo risco. Em algum momento, irá ficar desgastada pelo uso excessivo e será substituída por outra, embora o conceito original permaneça inalterado e importante.

Então, sim, estude sustentabilidade enquanto a palavra é chamativa. Mas fique atenta às mudanças de humor do mercado de trabalho. Mantenha o seu foco, mas mude o seu discurso assim que ele começar a perder a originalidade.

Max Gehringer, para CBN.


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