2014-03-03

'Entrevistadores parecem não ter paciência para me ouvir' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/03/2014, com um ouvinte que está com problemas para os entrevistadores lhe ouvirem.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Entrevistadores parecem não ter paciência para me ouvir'

entrevistador impaciente

Um preocupado ouvinte escreve: "Tenho 54 anos e uma longa carreira profissional que foi interrompida há 4 meses, devido à venda da empresa em que eu trabalhava e a uma consequente redução de quadro decretada pelos novos proprietários. Graças a alguns contatos que tenho, venho conseguindo entrevistas em empresas, mas não tenho me saído bem nelas. As pessoas que me entrevistam, algumas com pouco mais da metade da minha idade, não parecem dispostas a me ouvir. Não sei se por impaciência ou preconceito. Eu mal consigo responder a uma pergunta satisfatoriamente porque o entrevistador me interrompe e já passa para a pergunta seguinte. Sei que estou enferrujado em entrevistas, mas gostaria de saber se estou fazendo algo muito errado."

Bom, o que pode estar acontecendo é que, como você acumulou uma experiência muito longa, talvez não esteja conseguindo ser breve e sucinto nas suas respostas. Para o entrevistador, o que interessa é saber que contribuição você pode dar ao momento presente da empresa, e não como você resolveu um problema há 20 anos, por melhor que ele tenha sido resolvido na época.

Também é normal que alguém, em sua situação, fique preocupado em acrescentar muitos detalhes para dar consistência à resposta. Por exemplo, ao surgir uma pergunta sobre a sua atualização tecnológica, você pode se sentir tentado a enumerar todos os sistemas que conhece, quando a resposta seria somente: "sim, estou em dia com a tecnologia". Se o entrevistador quiser se aprofundar mais no tema, ele mesmo perguntará.

É isso. Na próxima entrevista, encurte as respostas e você sentirá a diferença.

Max Gehringer, para CBN.


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