2015-12-15

'Estou sendo obrigado a dispensar um funcionário' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/12/2015, com um ouvinte que ocupa uma posição de liderança e tem que demitir um funcionário por causa da crise.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

'Estou sendo obrigado a dispensar um funcionário'

demitindo um funcionário

Um ouvinte escreve: "Sou gestor de uma equipe e, por determinação da direção, estou sendo obrigado a reduzir o meu quadro de pessoal com a dispensa de um funcionário. A escolha seria até óbvia, porque um dos meus subordinados é menos eficiente que os demais, além de viver sempre reclamando. A questão é que esse funcionário é um dos mais antigos da empresa, com 19 anos de casa. E eu estou em dúvida se dispensá-lo seria uma atitude humana, já que ele dificilmente encontrará outro emprego semelhante ao que tem aqui."

Bom, vamos lá. Essas dispensas impostas por redução de custos em tempos de crise são um martírio para gestores como você, que não estaria pensando em dispensar ninguém se a situação fosse normal.

O que posso lhe dizer é que muitas boas empresas que conheço adotam uma política conciliadora. Elas demitem o empregado que terá mais condições de conseguir outro emprego e que sofrerá menos com a dispensa. Assim, por exemplo, são preservados os casados que têm mais filhos menores e dispensados os solteiros que moram com os pais.

Os mais antigos também costumam ser poupados, em parte também pelo fator humano, mas igualmente pelo aspecto financeiro. Dispensá-los custa mais caro para a empresa.

Dito isso, não há uma decisão perfeita que você possa tomar. Qualquer uma será cruel e chocante para quem for demitido. Porém, ao oferecer uma explicação humana para a sua escolha, você aplaca um pouco a sua consciência e será mais facilmente compreendido pelos que ficarem.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: