Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/12/2015, com um ouvinte que foi preterido em uma seleção de emprego por ter formação acima da formação do entrevistador que viria a ser seu chefe.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Vaidades e receios interferem no processo seletivo
Um ouvinte escreve: "Tive uma experiência em uma entrevista de emprego que me deixou na dúvida se devo me sentir orgulhoso ou arrasado. O entrevistador, que viria a ser o meu superior imediato caso eu fosse contratado, leu o meu currículo, deu uma risada e comentou que com a formação que eu tenho, eu poderia ser o chefe dele e não o contrário. Eu também ri, mas acabei não sendo contratado. E então fiquei pensando: se essa pessoa já tinha conhecimento do meu currículo, que foi enviado com antecedência e tinha se assustado com ele, por que me chamar para a entrevista?"
Bom, muito provavelmente, porque o setor de recursos humanos fez a seleção prévia dos candidatos e agendou as entrevistas. Normalmente é assim que os processos funcionam.
Atendendo à rotina interna, a pessoa que entrevistou você recebeu todos os candidatos pré-selecionados. E no seu caso, ela foi absurdamente sincera. Você estava acima não só da formação dela, mas devia estar também acima de todos os subordinados atuais.
E aí você perguntaria: esse não seria o motivo mais do que suficiente para você ser contratado e não rejeitado? Seria, se as vaidades e os receios dos seres humanos não interferissem no processo. Mas interferem.
E o resultado é que você não deve se sentir arrasado. Simplesmente a empresa que entrevistou você não seria a melhor para a sua carreira. E isso lhe foi dito de maneira engraçada, mas bem clara. Outras empresas saberão apreciar melhor o que você tem a oferecer.
Max Gehringer, para CBN.
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