2018-06-20

Gestor que hesita quando a pressão vem de baixo pode virar refém de subordinados - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/06/2018, com um gerente que tem um subordinado prestes a cair e por isso, está fazendo pressão junto aos subordinados dele.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Gestor que hesita quando a pressão vem de baixo pode virar refém de subordinados

gerente em dúvida

Um ouvinte escreve: "Sou gerente de uma empresa e tenho três setores sob minha responsabilidade. Um deles tem um chefe fraco, que há tempos vem balançando no cargo. Mesmo após ter recebido todos os avisos e feedbacks possíveis, ele não mostra sinais de melhora.

Como sabe que está por um fio, ele reuniu a equipe a portas fechadas e, pelo que fui informado, os seus oito subordinados fecharam questão de se demitir também, caso o chefe fosse dispensado. No momento estou considerando qual a medida apropriada a ser tomada e quando aplicá-la. E gostaria de ouvir a sua opinião."


Certo. Minha opinião é simples: o chefe deve ser demitido de imediato. E não se preocupe, porque os oito subordinados dele não vão pedir demissão.

Quando o chefe for cobrar deles esse acordo de demissão coletiva, a resposta será que sim, todos sairão, assim que o chefe demitido encontrar outro emprego e convidá-los a ir trabalhar com ele. Mas não antes, porque todos têm famílias para cuidar e contas para pagar.

Após a saída do chefe, os oito devem ser reunidos e comunicados que a empresa continua depositando inteira confiança neles e no trabalho deles. E se possível, você deve nomear um deles para assumir provisoriamente o setor, até que um novo chefe seja contratado.

Essa não é uma história com final feliz, porque inclui uma demissão. Mas ela deixa um alerta: gestor que hesita quando a pressão vem de baixo corre o risco de se tornar refém de seus subordinados.

Max Gehringer, para CBN.


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