2018-06-07

Ter sólida formação acadêmica não é elemento indispensável para ser chefe - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/06/2018, com uma ouvinte que tem um chefe com uma formação acadêmica inferior a dela e se sente incomodada por isso.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/==========================================================================

Ter sólida formação acadêmica não é elemento indispensável para ser chefe

chefe no mercado de trabalho

Uma ouvinte escreve: "Comecei a trabalhar para uma empresa de grande porte, faz um mês. Não quero que minha dúvida pareça algum tipo de discriminação, mas eu sou formada e pós-graduada, e descobri que o meu superior imediato concluiu apenas um curso superior na modalidade de ensino à distância. No processo de seleção, foi previamente exigido de nós, candidatos, sólida formação acadêmica. E agora estou em dúvida por que razão essa exigência foi feita, já que, aparentemente, chefes não precisam dela?"

Sim, a sua dúvida não só parece algum tipo de discriminação, como de fato, é. Posso lhe dar uma série de motivos para que alguém seja promovido a chefe, e certamente a formação influi. Mas não exclui.

E não sei como você chegou à conclusão de que ensino à distância é uma sub-categoria de ensino, mas sugiro que você repense os seus conceitos com base na maneira como o seu chefe age, decide, fiscaliza, cobra e orienta os subordinados.

Acho ótimo que jovens possam frequentar as melhores universidades presenciais. E não tenho dúvidas de que os formandos nelas ainda têm preferência na hora da contratação, como certamente ocorreu no seu caso. Mas não na hora de uma promoção.

Empresas, em geral, não promovem ninguém por acaso. E as de grande porte, menos ainda. Por isso, permita-me sugerir que você preste atenção ao trabalho do seu chefe, porque ele já mostrou muita coisa que você ainda precisará mostrar.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: