Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/06/2018, com um ouvinte que está fazendo um processo de seleção de emprego em uma empresa que passou dificuldades durante a crise.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Perguntar sobre crise na empresa no processo seletivo não traz benefícios
Um ouvinte escreve: "Estou participando de um processo seletivo em uma empresa de grande porte. Estou empregado no momento, mas em uma empresa menor, e vejo uma eventual mudança com bons olhos. O único senão é que essa grande empresa dispensou uma boa quantidade de funcionários durante a crise pela qual passamos. E uma das vítimas foi um amigo meu, que saiu reclamando da frieza com que foi demitido. Minha dúvida é se posso abordar esse tema delicado com o entrevistador."
Pode e deve. Mas permita-me oferecer duas sugestões. A primeira é esperar para ver se você será o candidato escolhido. Perguntar durante o andamento do processo, quando ainda há vários candidatos concorrendo à vaga, não irá lhe trazer nenhum benefício.
E a segunda sugestão é ser sutil. Mencionar que você soube das dificuldades que a empresa enfrentou e está contente em saber que ela voltou a contratar.
A maneira como o selecionador irá reagir lhe mostrará se você corre algum risco ao aceitar o emprego. Se ele disser que felizmente o mau momento passou e a empresa retomou o rumo, ótimo.
Se ele fizer uma cara de quem não gostou da pergunta e lhe der uma resposta seca, agradeça e decline a vaga, porque a má fase ainda não terminou. E se houver novas dispensas, os mais novos de casa serão provavelmente os primeiros a sair, porque a rescisão deles é mais barata.
Max Gehringer, para CBN.
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