Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/11/2010, sobre sair de uma empresa para começar em outra imediatamente.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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"Estou feliz por conquistar uma vaga, mas a nova empresa quer início imediato"
"Tenho uma dúvida e acredito que ela esteja se tornando algo comum com o aquecimento econômico que estamos vivendo", escreve um ouvinte. "Recentemente concorri a uma vaga em uma empresa na qual sempre desejei trabalhar. A boa notícia é que passei por um longo processo seletivo e fui aprovado. A má notícia é que a empresa quer que eu comece imediatamente, já. Expliquei ao recrutador que seria muito difícil conseguir essa disponibilidade, ainda mais porque ocupo uma posição de liderança na empresa atual. Não gostaria de ser anti-ético com a minha empresa, mas tenho receio de perder a vaga que consegui a muito custo na empresa nova. O que devo fazer?"
Bom, de fato, algumas empresas estão abrindo vagas para início imediato, e não podem ou não querem esperar pelos 30 dias de aviso prévio de um funcionário que esteja empregado em outra empresa.
Do ponto de vista legal, o nosso ouvinte pode pedir demissão num dia e já não vir trabalhar no dia seguinte. Desde que, nesse caso, ele pague à empresa pelos 30 dias de aviso prévio.
Se a empresa que está contratando bater o pé e exigir o início imediato, há duas soluções. A primeira é agradecer e recusar a proposta, pela consideração que a empresa atual merece. Diante de uma posição dessas, boa parte das empresas irá reconsiderar a pressa e esperar os 30 dias.
A segunda solução seria solicitar que a empresa apressadinha pague o aviso prévio. Se a empresa se negar, aí é uma questão de fazer as contas. A proposta teria que ser muito boa para compensar esse desembolso.
Eu conheço uma pessoa que conseguiu uma solução intermediária. A empresa contratante fez um empréstimo para essa pessoa pagar o aviso prévio. E esse valor foi descontado mensalmente nos doze primeiros salários. Saiu barato e todo mundo ficou feliz. Menos, é claro, a empresa que perdeu um funcionário da noite para o dia.
Pessoalmente, eu não sou favorável a que alguém saia repentinamente de uma empresa que sempre foi justa no tratamento, mas legalmente isso é possível. Mas também entendo que se for uma oportunidade única, imperdível, daquelas que aparecem uma vez na vida, é muito difícil dizer que um profissional deva rejeitá-la.
Max Gehringer, para CBN.
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