Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/10/2012, sobre o momento em que o pula-pula entre empregos deve se tornar uma carreira financeiramente rentável.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Mudar constantemente de emprego é estratégia inteligente?'
Um ouvinte sênior escreve: "Tenho dois filhos e não consigo convencê-los de que mudar constantemente de emprego não é uma estratégia inteligente. Nossas discussões esbarram no fato de que eu só tive dois empregos em quase trinta anos de carreira, e meus filhos já tiveram três empregos, cada um, em menos de quatro anos. Eles afirmam que isso agora é normal, porque o mercado mudou. Pergunto se mudou tanto assim."
Sim. Comparativamente há trinta anos atrás, o mercado mudou. A noção do emprego para toda a vida, que um dia foi a regra, hoje está se tornando a exceção. Porém, isso está acontecendo apenas nas funções de nível hierárquico mais baixo. Para cargos gerenciais, as boas empresas ainda dão preferência a candidatos que tenham um histórico de relativa estabilidade.
Seus filhos estão corretos se afirmam que, ao mudar rapidamente de emprego, eles estão adquirindo uma bagagem profissional que será muito útil no futuro. A grande questão é: em que momento esse futuro começa?
Eu conheço uma pessoa que teve quatorze empregos em nove anos. E ela me disse que ganhava muito mais do que quando tinha começado. Fizemos uma conta e descobrimos que o salário dela apenas acompanhou a inflação nesse período. Ou nem isso. No décimo-quarto emprego, ela estava ganhando 3% menos do que ganhava no primeiro.
Então, os filhos do nosso ouvinte estão corretos. Mudanças, de fato, geram aprendizado e experiência. O momento em que isso pode ser transformado em uma carreira financeiramente rentável, é o que está em discussão. Para o nosso ouvinte, esse momento já passou. Para os filhos, ainda falta muito para chegar. Se eu puder contribuir com um número, eu diria que esse momento decisivo precisa chegar antes dos 30 anos de idade. Porque, se não chegar, será difícil que chegue depois disso.
Max Gehringer, para CBN.
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