Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/11/2012, sobre campanhas de produtividade em empresas.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Campanha de produtividade não funcionou e chefes acenam com a possibilidade de demissões'
Um ouvinte escreve: "Faz três meses foi implantada em minha empresa uma campanha de produtividade. A ideia é que cada funcionário faça mais com menos: faça mais rápido e evite cometer erros. Eu e meus colegas gostamos da campanha, porque ela foi criada por uma agência, com cartazes bonitos espalhados pela empresa. Só que, tirando a parte estética, os resultados práticos estão abaixo do esperado e agora os nossos superiores estão insinuando que a campanha não funciona porque os funcionários não compraram a ideia. E se continuar assim, a solução será fazer cortes de pessoal. Tem alguma coisa errada neste desfecho, mas não sei dizer bem o quê. Você saberia?"
Talvez. Existem duas coisas que precisam ser bem explicadas quando se promove uma campanha que vai exigir mais de todos os empregados. A primeira é a comunicação. Não a visual, que parece ter sido bem feita, mas a individual. Qual é o objetivo de cada funcionário? Para uns, pode ser a redução no tempo gasto em uma tarefa. Para outros, a eliminação de desperdícios. Para saber o que se pode esperar de cada um, é preciso ter dados numéricos. Quando isso não é feito, acontece o que aconteceu na empresa do nosso ouvinte. Todos são colocados no mesmo saco porque somente é avaliado o resultado coletivo.
E a segunda coisa é a motivação. Ou, mais claramente, a recompensa. O que cada um vai ganhar se trabalhar mais e melhor? A mesma coisa que ganhava antes? Isso não motiva muito. É necessário que haja algum tipo de premiação, para ser usada como incentivo aos demais.
Ainda está em tempo da empresa de nosso ouvinte recomeçar do jeito certo. O jeito errado é substituir cartazes coloridos por ameaças, como parece ser o caso. Infelizmente, isso às vezes funciona. Mas funcionaria muito melhor se a base não fosse o medo.
Max Gehringer, para CBN.
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