Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Estou desempregada há um ano e decidi aceitar qualquer vaga temporária no fim do ano'
Uma ouvinte escreve: "Tenho 45 anos, sou formada e pós-graduada, mas estou desempregada já faz quase um ano, talvez pela minha idade, ou talvez por eu ser mulher, ou talvez por nunca ter ocupado uma função de liderança, ou tudo isso junto. Agora, com as oportunidades que são abertas todos os finais de ano para temporários, estou decidida a aceitar qualquer proposta que apareça. Mas receio que o fato de ter um currículo com faculdade e pós-graduação possa mais me prejudicar do que me ajudar. Seria uma boa ideia eu eliminar esses cursos do meu currículo?"
Sim, seria, pelo menos para não espantar quem for fazer a pré-seleção de candidatos. Depois, nas entrevistas, quando lhe for perguntado o que você estudou, você pode mencionar a sua verdadeira formação e aí explicar porque preferiu não colocá-la no currículo.
Eu acredito que você tenha boas possibilidades de conseguir um emprego temporário. Mas tenho dúvidas quanto ao que você faria depois, quando a temporada se encerrar. Você ainda tem pelo menos quinze anos de vida profissional pela frente, e os problemas que impediram você de conseguir um emprego efetivo este ano, vão continuar existindo no ano que vem.
Aos muitos "talvez" que você relacionou, eu acrescentaria mais alguns. Talvez você tenha procurado empregos nos lugares errados. Talvez você possa considerar prestar um concurso público, porque idade e sexo não seriam empecilhos. Talvez você possa trabalhar em uma ONG ou em uma empresa de pequeno porte. Talvez você possa se inscrever em agências de terceirização. Ou talvez você possa aproveitar a colocação que irá conseguir como temporária, para fazer algum contato profissional proveitoso.
O índice de desemprego no Brasil está baixo e eu não vejo motivos para você passar mais um ano desempregada.
Max Gehringer, para CBN.
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