Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/11/2012, sobre competência e indicação nos resultados de processos seletivos.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
'Escolha de um candidato durante um processo é feita pela competência ou por indicação?'
Um ouvinte faz uma pergunta que muita gente também se faz quando participa de um processo seletivo e é eliminado logo na primeira entrevista. "A escolha", indaga o ouvinte, "é feita pela competência do candidato ou por indicação de alguém? Existem estatísticas que possam comprovar que a competência prevalece?"
Não, não existem. Ao contrário do que acontece em um concurso público, no qual todos os candidatos disputam em condição de igualdade, porque a classificação tem como base a nota obtida em testes, as empresas privadas possuem a prerrogativa de contratar quem elas desejarem a partir de critérios que elas mesmas estabelecem.
Desde que não cometa qualquer ato que possa ser classificado como discriminatório, como por exemplo eliminar um pretendente por uma questão racial, uma empresa privada pode admitir um candidato que seja menos competente, se ele for recomendado por, como escreveu o ouvinte, "alguém".
O risco de contratar um empregado que não estará a altura da função é da empresa. E cedo ou tarde, ela acabará pagando por isso. Mas, mesmo assim, ela não estará obrigada a prestar contas públicas sobre seus métodos de seleção.
Por que, então, empresas privadas promovem processos seletivos? Não seria mais lógico já contratar o candidato carta-marcada e evitar que os demais perdessem o seu tempo? A resposta mais óbvia é também a mais correta. Porque isso não acontece. Quando um candidato é recomendado por um diretor, das duas, uma: ou ele é admitido sem processo algum, ou participa de um processo e só será admitido se estiver, no mínimo, no mesmo nível dos melhores candidatos.
Portanto, nosso ouvinte pode continuar participando de processos e ter a certeza de que será o escolhido, quando for o melhor.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário