Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/11/2012, com dados sobre os processos trabalhistas abertos no Brasil em 2012.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui severo ao eliminar 80% dos candidatos baseados em informações de redes sociais?'
"Sou sócio de uma empresa de consultoria de médio porte", um ouvinte escreve. "Precisei contratar um novo funcionário e decidi fazê-lo através de currículos postados na internet. Em seguida, pesquisei essas pessoas nas redes sociais e acabei descartando a maioria delas. Algumas pelo conteúdo de coisas que escreveram, discriminatórias ou gratuitamente ofensivas. Outras foram descartadas por terem assassinado o idioma português em suas mensagens. E as restantes por postarem fotos que considerei pouco convenientes. Um dos pré-selecionados, por exemplo, estava visivelmente embriagado numa festa. No fim, de 30 candidatos inicialmente selecionados, terminei por eliminar 25. Achei esse número, superior a 80%, um absurdo. E pergunto se fui severo demais em minha avaliação?"
Bom, eu diria que os cinco que sobraram podem não ter sido os melhores, mas foram os mais cuidadosos, com a redação, com a imagem e com as opiniões pessoais. Ou eles são assim mesmo ou, o que é mais provável, eles entenderam os benefícios e os malefícios de alguém se revelar em uma rede social. Assim como fez o nosso ouvinte, muitas empresas que conheço também vêm usando as redes sociais como filtro para contratações.
Eu não tinha conhecimento, até agora, de algum índice numérico de rejeições. Mas os 80% me surpreenderam. Eu teria chutado algo mais próximo de 50%. De qualquer forma, vale o aviso. Fotos e opiniões postadas em sites de relacionamento se tornam dados públicos e são facilmente acessáveis por profissionais de empresas. Não era isso que quem postou tinha em mente, mas às vezes é isso que acaba tirando uma boa oportunidade de quem colocou um currículo caprichado em um site de empregos.
Max Gehringer, para CBN.
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