Estética do currículo não atrai atenção - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/04/2011, sobre como a estética do currículo não chama a atenção tanto quanto o conteúdo.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Estética do currículo não atrai atenção


Quase todos os dias ouvintes me enviam currículos e me pedem para dar uma analisada neles. Quando eu respondo numa frase curta que o currículo está bom e não tem nenhum problema, eventualmente recebo de volta algumas mensagens me censurando, por não ter dado a devida atenção. Mas o que eu escrevi foi a verdade, que não precisa ser longa para ser mais verdadeira. Não havia nada de errado com o currículo, e não era necessário fazer alterações cosméticas nele com a finalidade de torná-lo mais atrativo. O que atrai a atenção num currículo é o conteúdo e não a estética.

A questão é que a mensagem original já antecipa que os ouvintes estão convencidos de que o problema só pode estar no currículo, porque, segundo os ouvintes, eles já encaminharam centenas de currículos para empresas e não receberam resposta.

Então eu gostaria de esclarecer que quando uma empresa recebe um currículo e não responde, o silêncio é uma resposta. Ele significa que a empresa não está recrutando candidatos com aquele perfil, por mais apresentável que o currículo possa estar.

Há também o fato, já repetido aqui diversas vezes, de que a maioria das contratações é feita através de indicações. Em alguns casos mais extremos, como na área de jornalismo, praticamente todas as contratações são feitas por recomendação de outro jornalista, porque já faz alguns anos que o número de vagas que aparece é muito menor que o número de formandos na área.

Mas, qualquer que seja a área, a idade, a formação e a experiência ou a falta dela, espalhar currículos aleatoriamente é, sem dúvida uma das maneiras de chegar a um emprego. Mas não é a única, e nem de longe é a mais eficaz.

Max Gehringer, para CBN.