Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/04/2011, sobre o respeito com o candidato nas entrevistas de emprego.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Chego com antecedência nas entrevista, mas nunca sou atendida no horário'
Relato muito pertinente de uma ouvinte. Ela diz: "Sempre estive muito atenta às dicas de comportamento em entrevistas. Visto a roupa adequada, chego com antecedência e faço tudo como se deve. Porém, percebo que do lado de lá, o comportamento é outro. Nunca fui recebida na hora marcada. E na maioria dos casos, nem há lugares adequados para os candidatos aguardarem a chamada. Já tive que esperar em pé durante 45 minutos até que um entrevistador finalmente decidisse me receber. Se eu tivesse me atrasado, talvez tivesse sido eliminada, ou no mínimo, levaria uma bronca. Quando o entrevistador se atrasa, nem um elementar pedido de desculpas o candidato escuta. Peço perdão pelo desabafo, mas a impressão que fica é a de que a empresa não está nem aí."
Vamos lá. Como o candidato não sabe se será entrevistado por uma empresa que prima pela pontualidade, não há como fugir ao procedimento relatado por nossa ouvinte: é preciso chegar com quinze minutos de antecedência.
Dito isso, não vejo motivo para um candidato fazer de conta que o fato de ter sido tratado sem consideração não tenha importância. Claro que tem. Uma entrevista serve para duas coisas: para uma empresa decidir se um candidato está apto a trabalhar nela e para o candidato decidir se aquela é a empresa em que ele quer trabalhar.
Mencionar educadamente ao entrevistador o atraso de 45 minutos não é apenas um desabafo, é uma maneira de entender como a empresa trata seus funcionários. Se o entrevistador demonstrar irritação com a pergunta, o candidato pode agradecer e dispensar a entrevista. Bem poucos fazem isso, mas todos deveriam fazer. Porque se uma empresa não mostra respeito prévio, certamente também não mostrará respeito após a contratação.
Max Gehringer, para CBN.
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