2012-05-24

'Como conviver com um colega que me irrita?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/05/2012, sobre como, no mercado de trabalho, é preciso conviver com diferentes tipos de pessoas, por mais irritantes que elas nos possam parecer.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

'Como conviver com um colega que me irrita?'

colega de trabalho irritante

"Tenho um colega de trabalho que me irrita!" Essa é uma frase constante em mensagens que me chegam. O motivo para a irritação pode ser físico, como um odor fora dos padrões civilizados. Ou pode ser de atitude, como alto volume de voz, uso inconveniente de palavrões, arrogância, inveja, indolência e por aí vai. Mas a queixa sempre termina na pergunta invariável: "Como conviver com uma pessoa assim?"

Não sei se eu teria uma resposta para cada caso específico, mas a verdade é que o mercado de trabalho, por sua própria natureza, é um laboratório de emoções. Imagine vinte pessoas que nunca se encontraram na vida, serem colocadas dentro de um ambiente em que o espaço útil de cada um não chega a dois metros quadrados. E tendo que conviver oito horas por dia. Por mais que a empresa se esmere em contratar pessoas razoavelmente equilibradas, é inevitável que surjam conflitos, reclamações e irritações.

Há situações em que um fator, como é o caso do mau hálito, realmente incomoda a todos. Mas as queixas, em sua maioria, dizem respeito a uma pessoa incomodada com uma outra pessoa. Há colegas que convivem com essa mesma pessoa e não sentem a mesma irritação. Na verdade, para eles, essa pessoa é normal e quem está reclamando é que tem um problema de sensibilidade exagerada.

Por isso, eu responderia a uma ouvinte que diz não suportar o perfume forte de sua colega do lado, que nunca iremos conseguir resolver todas as picuinhas individuais. Conviver com gente é, sobretudo, um exercício de paciência e de aceitação de diferenças. Seria perfeito se cada um pudesse moldar o local de trabalho ao seu próprio gosto, mas num ambiente coletivo e exíguo, lamento dizer que isso é tão impraticável quanto exigir que todo mundo passasse a gostar de uma única cor.

Max Gehringer, para CBN.

Nenhum comentário: