Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/05/2012, sobre pontualidade e o ritmo de trabalho de cada um.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Funcionários que chegam atrasados, mas que costumam cumprir todas suas obrigações, estão sujeitos a punições?'
"Gostaria de saber", escreve um ouvinte, "se um funcionário que chega costumeiramente atrasado, mas consegue fazer todo o trabalho do dia e ainda obtém resultados melhores que seus colegas, está sujeito a punição por parte da empresa."
Lamento dizer que sim. Há uma série de obrigações que um empregado assume ao ser contratado. A pontualidade é uma delas. Se um funcionário cumpre muito bem uma das obrigações, isso não o libera para descumprir qualquer outra.
Dito isso, existem pessoas que não são matinais. Não é que elas não gostam de acordar cedo. É que elas não conseguem. Parece que uma força estranha as mantém presa na cama. À noite, ao contrário, elas estão a mil por hora. Poderiam esticar o expediente até a meia-noite sem sentir cansaço.
Foi por isso que muitas empresas adotaram o horário flexível de trabalho. Não apenas para os não madrugadores, mas também para quem tem um compromisso de manhã, como deixar os filhos na escola, ou à noite, como chegar em tempo para a primeira aula de uma faculdade que fica longe do local de trabalho.
As empresas que fizeram isso também reconheceram um fato óbvio: nem todo mundo é igual. Tem gente que consegue resultados melhores nas primeiras horas de expediente. E tem gente que só entra no ritmo após o meio-dia.
Essa é a proposta que o nosso ouvinte poderia fazer à empresa dele, caso seja possível acomodar a situação. Nem sempre é, como no caso de funcionários que precisam estar em seus postos para atender ao público. Mas, no mais das vezes, não é difícil encontrar uma solução que atenda tanto à empresa, quanto ao funcionário.
Portanto, as obrigações valem para todos. Mas há empresas sensíveis quanto às necessidades de cada um. Espero que a empresa do nosso ouvinte seja uma delas.
Max Gehringer, para CBN.
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