Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/05/2012, com as vantagens e desvantagens para uma empresa de manter sempre as mesmas pessoas nos cargos de chefia.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Quais as vantagens e as desvantagens das empresas sempre manterem as mesmas pessoas nos cargos de chefia?
Um ouvinte pergunta: "Quais são as vantagens e desvantagens de uma empresa manter nos cargos de chefia, sempre as mesmas pessoas, sem qualquer rotatividade nessas funções, durante anos a fio?"
A primeira vantagem é a confiança. Quem está sentado na mesma cadeira há muito tempo, já provou não apenas que é confiável, mas também que entende e aceita o modo como a empresa opera. Logo, a possibilidade de conflitos por razões puramente profissionais é muito pequena.
A segunda vantagem é a facilidade na tomada de decisões. Como todo mundo está mais que acostumado com os procedimentos, há uma tendência natural ao acordo.
No campo das desvantagens, a primeira é a acomodação, que impede o surgimento de novas ideias, principalmente aquelas que são mais radicais.
E a segunda é a perda de funcionários potencialmente bons, mas sem paciência para ficar esperando até que o chefe imediato se aposente.
Casos como o que o nosso ouvinte relata são mais comuns em empresas de dono. Já corporações tendem a arejar os seus quadros promovendo jovens e incentivando o debate. No fundo, porém, o que leva algumas empresas manter o quadro imutável são os resultados. Quanto melhores eles forem, maior será o receio de promover mudanças.
Eu imagino que o nosso ouvinte não seja uma dessas pessoas que estão no cargo há muito tempo. Imagino, também, que ele se considere apto a assumir uma função de mais responsabilidade e que esteja preocupado em saber se vale a pena continuar esperando que a empresa decida mudar o seu modo de pensar. Estou imaginando tudo isso pelo simples motivo de que chefes estacionados há muitos anos na mesma função, dificilmente se arriscariam a fazer a pergunta que o nosso ouvinte fez.
Max Gehringer, para CBN.
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