2012-05-21

Sou chefe de um alcoólatra. E agora? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/05/2012, com um delicado caso em que um chefe tem que lidar com um funcionário alcoólatra.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Sou chefe de um alcoólatra. E agora?

homer alcoólatra

Um ouvinte escreve para relatar uma situação delicada. Ele diz: "Sou chefe de um funcionário que é alcoólatra. Não que ele chegue para trabalhar tropeçando nas próprias pernas, mas o seu hálito revela que ele ingeriu uma bebida alcoólica logo pela manhã, o que, pelo que sei, é um dos sintomas evidentes da dependência do álcool. Estou em dúvida quanto a conversar com ele, levar o caso a meu superiores, ou simplesmente suportar a situação enquanto o desempenho dele e o relacionamento interno não forem afetados pela bebida."

Bom, até uns 20 anos atrás, o funcionário em questão provavelmente seria substituído por outro. Porque na época se assumia que o alcoólatra era o único responsável pelo vício, e que também só dependia dele parar de beber. Hoje se considera que o alcoolismo é uma doença e o alcoólatra é uma vítima dela. Ele precisa de tratamento especializado para se livrar do vício, tanto em medicamentos, quanto em acompanhamento psicológico.

Das três opções que você mencionou, a pior é não fazer nada, porque isso só levaria a situação a se deteriorar. Com o tempo, o organismo do funcionário iria se debilitar cada vez mais, e ele passaria a gradativamente a chegar mais tarde, perder dias de trabalho, sofrer perda de concentração e, finalmente, se indispor com colegas ou com o próprio chefe.

Eu sugiro que você não fale diretamente com o funcionário, porque você não é um especialista no assunto. E também não leve o caso à direção da empresa, porque isso indicaria que você, como chefe, não está sabendo como conduzir um problema com um subordinado.

Fale com o médico da sua empresa. Ele poderá conversar com o funcionário e tomar as providências para que a pessoa receba tratamento adequado, sigilosamente e dentro da ética médica.

Max Gehringer, para CBN.

Um comentário:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Eu seguiria essa orientação, não levava a ninguém da direção um problema tão sério.