Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/01/2014, sobre como o elogio público se transformou em algo inaceitável em empresas que adotaram a cartilha do politicamente correto (de maneira exagerada e sem bom senso).
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Elogio público pode se transformar em algo inaceitável?
Um ouvinte escreve: "Sou gerente de um setor. Tenho quatorze subordinados. Sempre agi como recomenda a cartilha do bom chefe, elogiando publicamente e criticando a portas fechadas. Para minha surpresa, em minha última avaliação de desempenho, os elogios que faço em público foram considerados inadequados. Segundo me foi dito, tal atitude faz com que aqueles que nunca são elogiados percam a motivação e se sintam depreciados. Fiquei pasmo! Sou gerente há 12 anos e nunca tinha ouvido nada parecido com isso. Você poderia me esclarecer se, de fato, um elogio público a quem fez por merecê-lo se transformou em algo inaceitável?"
Sim, nas empresas que passaram a adotar a cartilha do politicamente correto. E tudo indica que a sua entrou nessa ciranda.
Em empresas assim, você não pode, por exemplo, publicar uma lista classificando o desempenho dos funcionários por ordem de produtividade, mesmo que os números não deixem dúvidas de que alguns são mais produtivos do que outros. Isso porque os menos produtivos podem ficar deprimidos ou se sentir humilhados por estarem no rodapé da lista, em vez de tentar se esforçar para chegar ao topo dela.
Sistemas desse tipo eliminam no ambiente de trabalho a competitividade entre pares. Se ninguém é criticado, nem elogiado, sem dúvida o ambiente melhora, mesmo que os resultados piorem. Isso também ocorre nas escolas. Nelas não há mais comparação de notas e todo mundo passa de ano.
Minha sugestão seria: seja pragmático. Adapte-se ao sistema que a sua empresa adotou. Lutar contra ele pode ser uma elementar demonstração de bom senso gerencial, mas é politicamente incorreto.
Max Gehringer, para CBN.
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