Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Não deixe de ser autêntica
Uma ouvinte escreve: "Tenho 20 anos e estou no começo de minha vida profissional. Sempre fui uma pessoa sincera e é dessa maneira que venho agindo em meu trabalho. Quando vejo alguma coisa com a qual não concordo, ou se percebo que posso oferecer alguma sugestão, eu falo. Já percebi que essa minha maneira de agir nem sempre é bem aceita. Mais de uma vez, tanto minha gestora quanto meus colegas reagiram como se eu estivesse me intrometendo onde não deveria. Pergunto se, pensando na minha carreira, seria melhor eu ficar calada ou continuar agindo como sempre agi?"
Bom, as duas atitudes têm prós e contras. Se você optar por ficar sempre calada, a sua carreira provavelmente será igual à de muitos funcionários bonzinhos, que aceitam qualquer situação com resignação. Por outro lado, opinar sobre qualquer assunto e manifestar discordância sobre coisas cuja importância é mínima, só irá lhe trazer mais aborrecimentos do que gerar elogios.
O ideal, como tudo nesta vida, é buscar o equilíbrio: escolher melhor os temas que você irá abordar. Se, por exemplo, a cor da parede do escritório não lhe agrada, não perca seu tempo e o dos outros discutindo isso. Faça sugestões que possam trazer resultados práticos de curto prazo. E, de preferência, que tenham a ver com o seu próprio trabalho e não com o trabalho alheio ou com a política da empresa.
Em resumo, você não precisa deixar de ser autêntica, mas não pode correr o risco de ser carimbada como enxerida. Uma boa sugestão por semana, bem pensada e bem apresentada, vai lhe trazer benefícios. Uma opinião por minuto só lhe trará dissabores.
Max Gehringer, para CBN.
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