Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/01/2014, com um ouvinte que tem colegas de trabalho mais novos que ele não tem nada a ver.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
'Não tenho nada a ver com meus colegas'
Um ouvinte escreve: "Tenho 47 anos e estou nesta empresa faz 22 anos. Todos os meus colegas de trabalho têm menos de 30 anos e os recém-contratados estão na faixa dos 20 e poucos anos. Outro dia tive uma epifania profissional. Olhei em volta e percebi que não tenho nada a ver com os meus colegas. Não falo a linguagem deles, não sou ligado nas geringonças tecnológicas que eles são, não conheço os artistas que eles mencionam. Pergunto então quantos anos ainda posso ter de vida profissional?"
Uns trinta, no mínimo. O que aconteceu com você não é tão inusitado assim. Você só descobriu que a sua geração foi substituída por outra. Os anúncios que você vê na TV são voltados para essa nova geração, e não mais para a sua. Isso ocorre pelo mais óbvio dos motivos. A sua geração amadureceu e já não faz compras por impulso, adquirindo coisas das quais não precisa.
Mas nada disso interfere em sua vida profissisonal, desde que você esteja tecnicamente atualizado. Se você não tem um iPhone sofisticado, nem sabe quais são os aplicativos mais baixados e nem tem como ídolo uma cantora de 17 anos de idade, nada disso vai influir no trabalho que você executa. Apenas você se sentirá meio isolado no ambiente de trabalho porque os assuntos que lhe interessam não são do interesse de seus colegas mais novos.
Isso não é bom, nem é ruim. É apenas o passo natural na dança das gerações. Você já teve 20 anos. E deve tê-los aproveitado conforme a moda da época. Agora a moda é outra. Mas a dinâmica do mercado de trabalho continua igual. O que garante uma vida profissional longa não é a aparência. É a competência.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário