Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/01/2014, sobre o ano novo e os calendários.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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No passado, ano novo começava em março
Embora o resto do universo ignore tal fato, no minúsculo planeta Terra celebra-se hoje o início de mais um ano. Não no planeta inteiro, mas apenas nos países que adotam o calendário gregoriano.
Por milênios a fio, ninguém no mundo sabia em que dia um ano terminava e outro começava. E ninguém estava lá muito preocupado com isso.
Os romanos, entretanto, decidiram que o ano deveria começar em janeiro. Não havia um bom motivo para justificar essa mudança, já que até então o ano começava em março e ninguém estava reclamando. Supõe-se que o fato tenha ocorrido ali pelo ano 150 antes de Cristo, mas ninguém sabe ao certo.
No ano 46 da era cristã, o imperador Júlio César resolveu adotar um novo calendário. E a partir daí, o primeiro de janeiro ficou institucionalizado. Exceto nos países britânicos, que sempre foram meio teimosos e só concordariam com a mudança mais de 1700 anos depois.
Júlio César era tão importante que o senado romano decretou que o mês Quintilho passaria a ter o nome de Julho. E seu sucessor, o imperador Augusto, ficou com inveja e mudou o nome do mês seguinte, Sextilho, para Agosto. Mas como seu mês tinha um dia a menos, Augusto transferiu um dia de fevereiro para agosto, igualando a conta.
Portanto, o que hoje se celebra é apenas uma convenção, feita de poder, vontades e vaidades, como no mundo corporativo.
Qualquer dia pode ser o início de um novo e iluminoso ciclo, para quem decida que assim será, para sua própria existência ou para sua carreira profissional. Poderia até ser hoje. Mas, como estamos no Brasil e hoje é feriado, é melhor deixar para pensar nisso amanhã.
Max Gehringer, para CBN.
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