2014-01-20

'Invisto em emprego que nada tem a ver com o que estudei ou largo tudo e tento minha área?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/01/2014, sobre o mercado de trabalho e a graduação superior.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Invisto em emprego que nada tem a ver com o que estudei ou largo tudo e tento minha área?'

mercado de trabalho

Uma ouvinte escreve: "Conclui um curso superior em Química. Fiz um estágio em uma indústria, mas não fui efetivada. Depois de formada, passei cinco meses em busca de um emprego na área, mas não consegui. E aceitei uma vaga no setor administrativo de uma empresa que não possui nenhum departamento ligado à química. Para minha surpresa, estou me dando muito bem em minha função. Até já recebi um aumento que nem esperava, mas estou com uma dúvida cruel. O que devo fazer? Investir em meu emprego atual, que nada tem a ver com o que estudei, ou continuar procurando uma vaga adequada aos meus estudos? Tenho receio de passar muito tempo no setor administrativo e não conseguir usufruir daquilo que estudei."

Vamos lá. Para começar, um monte de gente está na mesma situação que você, trabalhando em áreas diferentes da graduação acadêmica.

Ao optar pelo curso de Química, você deve ter avaliado as possibilidades do mercado de trabalho. Não creio que você tenha feito essa escolha simplesmente por vocação. Provavelmente foi por sugestão de alguém.

Após concluir o curso, entretanto, você descobriu que tem talento para trabalhar em uma área diferente. A minha sugestão é: aproveite o seu talento. Se você aprecia o que faz e já recebeu um aumento, que é um sinal evidente de que está agradando, invista em um curso de especialização nessa nova área.

O mercado de trabalho está cheio de avenidas de oportunidades. Por isso, eu lhe recomendo não encarar o curso superior concluído como uma rua de mão única que você precisa obrigatoriamente seguir.

Max Gehringer, para CBN.


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