Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/03/2015, com o caso de um ouvinte que faz treinamentos da empresa após o expediente, mas não ganha hora extra por isso.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Minha empresa realiza treinamentos após o expediente, mas não paga hora extra
Um ouvinte escreve: "A empresa em que trabalho promove treinamentos depois do horário de expediente, uma vez por semana, às vezes duas, com duração mínima de uma hora. Não recebemos nada por esse tempo adicional e o nosso chefe explicou o motivo. Segundo ele, os treinamentos são úteis para as nossas carreiras e não somente para a empresa. Até posso concordar, mas pergunto se isso é comum em empresas?"
Não, não é. Podemos separar a situação de duas formas. A primeira é a da decisão pessoal. Nesse caso, a empresa lhe faz um convite, que você tem inteira liberdade para aceitar ou recusar. E caso você recuse, não precisa explicar porquê e ninguém insistirá para que você mude de ideia.
Já o segundo caso é o da imposição. Ou seja, você pode vir se quiser, desde que venha. Se você não vier e houver qualquer tipo de consequência, mesmo que seja um comentário da chefia de que você não está mostrando comprometimento, aí não há dúvida: é hora extra.
O problema é que se todos os seus colegas aceitam e só você recusa, seu chefe pode até demiti-lo, sem que o real motivo da demissão fique registrado. Se você não quer ou não pode correr esse risco, a opção é vir, registrar direitinho todos os horários e um dia cobrar o que lhe é devido na Justiça do Trabalho.
Essa não é a solução ideal, mas é o antídoto contra a lei do mais forte.
Max Gehringer, para CBN.
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