Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como os cursos a distância são vistos pelas empresas?
Um ouvinte pergunta: "O que você acha dessa nova modalidade de ensino, os cursos a distância?"
Bom, eu acredito que você ficará meio surpreso, mas os cursos de ensino a distância não são uma nova modalidade. Há mais de um século, na jurássica década de 1910, já eram oferecidos no Brasil cursos por correspondência de português, contabilidade, eletricidade, mecânica e, acredite, engenharia e odontologia, que concediam aos formandos, diplomas e anéis simbólicos.
A diferença em relação aos cursos atuais está na tecnologia. Lá, nos tempos idos, o aluno recebia a apostila pelo correio e remetia a lição também pelo correio. Eu fico pensando num estudante de odontologia que usou a broca para perfurar o dente de um amigo e aí precisaria esperar quinze dias até receber a lição de como fechar a cavidade.
Hoje existe a possibilidade de assistir a uma aula ao vivo pela internet, fazer perguntas e comunicar-se com outros alunos. Porém há algo que não mudou nesses 100 anos. O curso a distância exige muito mais do aluno do que o curso presencial. Estudando sozinho e sem supervisão instantânea, o aluno só depende dele mesmo e precisa ter foco, vontade e disposição para aproveitar bem o curso.
A outra pergunta seria: como as empresas veem um diploma de curso a distância? Resposta: elas não veem. No certificado não aparece escrito se o curso foi presencial ou remoto. Se a escola que oferece o curso tiver as duas modalidades, os dois diplomas são iguais.
Max Gehringer, para CBN.
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