2014-12-08

Seja político em empresas com ingerência política - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/12/2014, sobre como se destacar em empresas com ingerência política.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Seja político em empresas com ingerência política

negociação

Um ouvinte escreve: "Trabalho em uma empresa cujos principais dirigentes são nomeados por indicação política. Isso faz com que, a cada mudança de diretoria, surja aquele temor de que possam ocorrer demissões. Como eu posso me destacar no mercado, trabalhando nesta empresa, com um sistema de gestão praticamente inexistente e retrógrada, a ponto de ter mudado a denominação de 'colaboradores' para 'funcionários'?"

Bom, você estava indo tão bem até a última frase... "Colaboradores" vêm do latim e se traduz como "aqueles que trabalham juntos". "Funcionários" também vêm do latim e significa "aqueles que executam uma função". Não há nada de retrógrado, são apenas modismos corporativos.

Quanto ao que interessa, que é a sua colaboração ou funcionalidade, a resposta é simples. Se você está em uma empresa que sofre ingerências da política, você precisa ser político. Quando os gestores mudam, você imediatamente adota como sua a ideologia deles. Se a nova gestão disser que você é um colaborador, você colabora. Se disser que é um funcionário, você funciona.

Basta você olhar aí, à sua volta, para descobrir que há colegas seus que fazem isso com a mesma naturalidade com que trocam os sapatos. E nada disso é novidade, porque a situação que você descreveu vem desde Dom João VI, que não tinha nem colaboradores, nem funcionários, mas ajudantes de ordens.

Como você vê, a terminologia muda, mas os princípios permanecem. E se você discorda deles, eu sugiro que você não critique o capitão. Mude de barco.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: