Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Timidamente, empresas voltam a contratar
As empresas estão, timidamente, voltando a contratar. Principalmente aquelas que, afetadas pela crise ou por receio do estrago que a crise poderia causar, cortaram mais gente do que deveriam. Agora, essas empresas já perceberam que ficar sem alguns funcionários acabou custando mais caro do que a economia que foi gerada pelo corte deles.
Não são vagas novas. É apenas a reposição de vagas que ficaram temporariamente sem ocupantes. Essas empresas começaram a buscar no mercado profissionais que já estejam empregados. E que, além disso, tenham estabilidade na carreira. Por isso, alguns ouvintes, que não esperavam receber propostas de emprego, estão recebendo. São ouvintes que estão há 3, 5 ou 10 anos numa empresa. E por isso, escrevem perguntando se vale a pena mudar.
Bom, no mínimo, vale a pena ouvir a proposta. Vamos relembrar os 3 fatores que devem ser considerados para uma mudança de emprego.
Primeiro: remuneração melhor. Remuneração não é o salário no fim do mês. É a soma do salário nominal e todos os benefícios que o profissional tem, e que podem ser transformados em valores. Como a assistência médica, por exemplo, que varia de empresa para empresa. Essa conta deve ser feita por ano, porque algumas empresas pagam prêmios ou bônus anuais por desempenho. Para mudar, é preciso que a remuneração aumente no mínimo 20%.
O segundo fator: mais oportunidades de desenvolvimento. Há profissionais que mudam para empresas menores e depois descobrem que sua carreira irá ficar estagnada, porque os bons cargos já estão todos preenchidos por gente de confiança ou por parentes do dono.
E o terceiro fator é o ambiente. Que não é só o relacionamento pessoal, mas também a estrutura que a empresa oferece. Coisas que são óbvias numa empresa, como sistemas atualizados, podem não existir em outra. Em ambiente entra também o fator família, isto é, como a vida na empresa interfere na vida fora dela. Por exemplo, viajar mais ou passar menos horas diariamente com a família.
Para mudar, é preciso que existam no mínimo dois desses três fatores. E de preferência, todos os três. Mudar por um fator só, que geralmente é o salário, mas de vez em quando é a busca por melhor qualidade de vida, tem sido a causa de grandes arrependimentos profissionais.
Max Gehringer, para CBN.
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