Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/07/2009, sobre como um profissional já formado deve encarar um curso de ensino à distância, e como o mercado de trabalho enxerga isso.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A validade do curso de ensino à distância
"Estou considerando fazer um curso de ensino à distância", escreve um ouvinte. "Já sou formado, estou trabalhando e quero continuar estudando. Mas a minha rotina profissional não me permite fazer um curso presencial. Gostaria de saber a sua opinião sobre a validade do ensino à distância, porque já ouvi muita gente dizer que o curso não é bem aceito pelo mercado de trabalho."
Vamos começar pelo que você ouviu e que é parcialmente verdade. Não é que os cursos à distância não sejam bem aceitos. É que eles são menos aceitos do que outros cursos. Se três candidatos a uma vaga empatarem em tudo, e um deles tiver concluído um bacharelado de 4 anos, o outro um curso tecnológico de 2 anos, e o terceiro um curso de ensino à distância, este é o que terá menos chances de ser contratado.
Isso não quer dizer que os cursos à distância sejam ruins, ou menos eficazes. Até pelo contrário: quem e dispõe a estudar sozinho em casa, precisa ter muito mais determinação para continuar, do que alguém que faz parte de um grupo de alunos numa faculdade.
Eu me arriscaria a dizer que daqui a 10 ou 15 anos, os cursos à distância terão um status muito diferente e muito maior do que têm hoje. O avanço tecnológico irá permitir que um jovem brasileiro estude numa universidade renomada de um país do hemisfério norte, sem precisar sair de sua casa no Brasil.
Mas depois é depois, e agora é agora. A favor de nosso ouvinte, eu diria que ele estaria aproveitando algo prático, que o ensino à distância oferece: a possibilidade de fazer um curso para se aperfeiçoar, sem se preocupar com o impacto imediato que o diploma irá ter no mercado de trabalho. Dessa forma, o nosso ouvinte estaria encarando o curso como uma pós-graduação, e não como um substituto para um diploma de curso presencial. Isso vale para profissionais de qualquer idade, que se formaram há 10 anos ou mais, e não fizeram nenhum curso depois disso.
O ensino à distância permite a atualização sem o deslocamento, e o conhecimento adquirido será aproveitado para melhorar a carreira, e não para melhorar o currículo. Por isso, e por enquanto, eu acredito que irá se beneficiar mais do ensino à distância, quem encará-lo como um curso além de, e não como um curso em vez de.
Max Gehringer, para CBN.
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