É preciso passar por cima dos preconceitos quando uma empresa muda de dono - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/03/2009, com alguns preconceitos que surgem nos funcionários, quando uma empresa muda de dono.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).

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É preciso passar por cima dos preconceitos quando uma empresa muda de dono


Nos últimos 10 anos, uma grande quantidade de empresas mudou de dono no Brasil. Parte disso se deveu às privatizações, parte às fusões e parte à necessidade de empresas maiores comprarem empresas menores para poder manter a sua posição dominante no mercado.

Independente do motivo, toda vez que uma empresa muda de dono, os empregados têm aquele momento de desilusão. E se sentem como uma mercadoria que mudou de mãos. E aí, se reunem no banheiro e se perguntam: e agora?

Bom, agora é tocar o barco. E enxergar a mudança não como um desastre, mas como uma oportunidade. E a melhor maneira de aproveitar essa oportunidade é passar por cima de alguns preconceitos até normais, contra os que estão chegando. Aqui vão alguns desses preconceitos e como lidar com eles:

O primeiro preconceito: o pessoal que chegou é arrogante. Não é bem assim. O pessoal que chegou pertence a uma cultura diferente e tem as suas próprias maneiras de administrar. Tentar entender essa nova cultura é a melhor maneira de se encaixar nela.

Segundo preconceito: o pessoal novo vai querer mudar tudo. Pense o contrário. Se a sua empresa é que tivesse comprado a outra empresa, ela iria deixar tudo como estava? Claro que não. Sua empresa implantaria a sua própria filosofia de trabalho.

Terceiro preconceito: essa gente que chegou só fica criticando o nosso jeito de trabalhar. Deixe que essa gente fale. E ao invés de discutir, escute.

Em qualquer mudança de dono, as melhores oportunidades sempre surgem para os primeiros que pularem no novo barco. É difícil e até doloroso engolir isso. Mas o barco antigo já não existe mais. Agora, os mares são outros. E quem se adaptar rapidamente à nova cultura, irá descobrir que há mares que vêm para bem.

Max Gehringer, para CBN.