Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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No banco, gerente usa o Twitter para se comunicar com os funcionários
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"Eu trabalho em um banco", escreve uma ouvinte. "Como você deve saber, nós, os bancários, somos muito pressionados. Mas nossos gestores continuam encontrando maneiras de nos pressionar cada vez mais. Agora, o meu gerente passou a usar o Twitter. Ele fica mandando mensagens instantâneas do tipo: Ciclano pisou na bola, ou ainda não recebi o relatório de Beltrano. Isso nos obriga a verificar continuamente se estamos sendo mencionados nas mensagens.
Mas o pior, é que em pleno domingo, pode aparecer no Twitter, uma mensagem do tipo: preciso falar urgentemente com Fulano. E aí, temos que ligar para o gerente fora do horário de trabalho, e ainda por cima, gastando o nosso próprio dinheiro na ligação. O que podemos fazer a respeito disso?"
Bom, nós estamos vivendo em dois universos paralelos no Brasil. Um é o universo do século 19. Aquele em que um cidadão assina um documento, vai pessoalmente a um cartório, pega uma senha, espera ser chamado, e aí tem que pagar para alguém carimbar uma mãozinha no documento e atestar que a assinatura realmente se parece com a assinatura que está numa ficha, num arquivo do cartório.
O outro universo é do século 21, aquele em ficamos sabendo instantaneamente o que acontece em qualquer lugador do mundo, e que nos permite postar opiniões pessoais, que poderão ser lidas em um minuto, lá no Uzbequistão. Esse é o universo tecnológico dos celulares, dos sites, dos blogs e agora, do Twitter.
O gerente da nosso ouvinte aproveitou a tecnologia para se tornar onipresente na vida dos subordinados, dentro e fora da empresa, em qualquer dia, em qualquer hora. Isso é correto? Claro que não! O contrato de trabalho estipula claramente o tempo em que um profissional deve ficar a disposição da empresa.
E como bem pergunta a ouvinte, o que podemos fazer a respeito disso? Reclamar! Isso vai resolver alguma coisa? Talvez sim, talvez não. Mas ela e os colegas só saberão depois de reclamar. Com o gerente, com a direção ou com o sindicato.
O consolo dessa história é que viver no século do Twitter é muito mais excitante do que viver no século do cartório. Pelo lado profissional, o único inconveniente é ter que conviver com gestores criativos, que sempre encontram novas maneiras de ficar twittando, a vida dos subordinados.
Max Gehringer, para CBN.
2 comentários:
Eu não teria esse tipo de problema, pq no banco onde eu trabalho, NÃO TEMOS ACESSO À INTERNET, hauhauahuahuahuahuahuhauhauahua!
Primeira vez na vida que fico feliz por isso, ahuahuahuhauhauhauhauhua!
Eu jurava que era no seu banco...
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