Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Mercado de trabalho é a somatória das ações de todas as empresas
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Um ouvinte faz uma indagação bem apropriada para o espírito do tempo em que vivemos: "O mercado de trabalho", ele escreve, "exige experiência prática a quem acaba de concluir um curso e que se dedicou integralmente aos estudos para poder ter melhores oportunidades na vida. E aí, após anos de dedicação, consegue apenas vagas que conseguiria se não tivesse estudado. Esse não é um sistema arcaico e perverso?"
Bem, quando nos referimos ao mercado de trabalho como se fosse uma instituição, estamos somente generalizando para economizar tempo e espaço. Existe no Brasil meio milhão de empresas privadas de porte grande ou médio, e nove milhões de micro e pequenos empreendedores, formais ou informais. Nas empresas maiores, há dois milhões de gestores que decidem quem será contratado e quem não será.
Toda essa gente somada, cerca de onze milhões de pessoas com poder de decisão, não combina entre si o que irá fazer. E também não existe nenhuma associação que determine regras que devam ser seguidas por todos. O que existe são as leis que proíbem discriminações e garantem direitos aos trabalhadores, e que são aplicáveis a todas as empresas, públicas ou privadas.
O mercado de trabalho é, portanto, a somatória do que todas as empresas fazem, mas não há nenhum sistema formal que unifique essas ações. E que, por exemplo, negue a admissão a quem se formou e não possui experiência. Cada empresa tem seus próprios critérios de contratação. E você, se continuar procurando, certamente irá encontrar uma que se amolde às suas necessidades.
Max Gehringer, para CBN.
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