Vem chegando o dia dos pais, e até o Max Gehringer, na sua coluna diária na CBN, já fez uma homenagem, que eu trago aqui, transcrita dos comentários em áudio do dia 07/08/2008, disponível no site da CBN.
Os pais são a maior influência na vida profissional dos filhos
Domingo é dia dos pais. Na primeira entrevista que eu fiz para conseguir o meu primeiro emprego, a primeira pergunta que o entrevistador me fez foi essa: você é filho de quem? E eu disse o nome do meu pai. Aí veio a segunda pergunta: onde seu pai trabalha? E eu disse o nome da empresa. Meia dúzia de perguntas depois, eu ainda não tinha respondido nada sobre mim mesmo, só sobre meu pai.
Comecei a desconfiar que o entrevistador queria contratar a meu pai, e não a mim. Ou então que ele estava confundindo competência profissional com genética. Notando o meu desconforto, o entrevistador me perguntou se eu não queria ser igual ao meu pai. E eu disse que não. Não que eu quisesse ser melhor que meu pai, mas eu queria seguir meu próprio caminho.
Quando cheguei em casa e contei a entrevista para meu pai, achei que ele iria ficar irritado, mas ele não ficou. E me falou: se você quisesse ser só o que eu consegui ser, eu teria sido um fracasso como pai.
Hoje, as empresas não perguntam mais nada sobre os pais dos candidatos. Mas, queiram os filhos ou não, os pais continuam a ser a primeira e a maior influência na vida profissional de seus filhos. No momento de aconselhar e de orientar, os pais podem até pecar pelo excesso, mas raramente pecam pela omissão. Alternando momentos de pressão e de compreensão, os pais tentam evitar que seus filhos cometam os erros que eles cometeram. Enquanto os filhos acreditam que já são grandes o suficiente para cometer seus próprios erros.
No fundo, apesar da enorme variação no grau de emoção e nos métodos utilizados, os pais só desejam uma coisa: que seus filhos façam as escolhas corretas.
Domingo que vem é dia dos pais darem um voto de confiança aos seus filhos. E vice-versa. Porque, como meu pai me disse um dia, ele sabia exatamente como um filho deveria ser criado e educado, até o dia em que ele se tornou pai.
Max Gehringer, para CBN.
Um comentário:
Quando eu era pequeno, tudo que eu não queria ser era militar. Meu pai só me levava no trabalho dele quando eu precisa ir no hospital, então nunca era uma situação/sensasão boa, apesar de que nesses dias ele sempre me comprava uma revistinha na banca que tinha lá.
Aos 19 anos, larguei a faculdade de administração para seguir carreira militar. Hoje, to tentando terminar uma (outra) faculdade pra ver se faço alguma coisa diferente com a minha vida. Mas me sinto um pouco acomodado na atual situação... putz, isso daria um post.
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