OMFG. Nada mais a dizer:
Se o primeiro trailer já tinha explodido a minha cabeça, esse então...
Já encontrei um bom motivo pra viver até outubro...
2010-05-31
Filme: Homem de Ferro 2
Sábado passado, eu planejava fazer uma sessão dupla de cinema, vendo dois filmes em sequência. O primeiro foi o já comentado Sex and the City 2. E, pra equilibrar tanta progesterona e estrogênio, nada melhor do que o filme seguinte: Homem de Ferro 2 (ou Iron Man 2, no original). Filmaço! Melhor filme de quadrinhos até agora.
Eu sempre fui fã da Marvel, a editora que publica o Homem de Ferro. Mas, dentre os muitos excelentes personagens da Editora da "Casa das Ideias", o Latinha nunca foi um dos meus preferidos. Entretanto, isso mudou depois do primeiro filme. A ênfase em contar a história do personagem e não da armadura, transformou uma história potencialmente apenas de ação desenfreada (como o acerebrado Transformers 2), em um filme completo, equilibrado, e sobretudo, muito, muito divertido.
E essa ênfase continua neste segundo filme. A cena inicial que mostra o herói já dá o tom: vemos o Homem de Ferro saindo de um avião, se jogando no ar, e voando até aterrissar na Stark Expo, onde a armadura é retirada e vemos surgir para o público, o milionário Tony Stark (Robert Downey Jr.). Note que é uma inversão do que normalmente acontece com a apresentação de heróis, onde primeiro vemos o alter ego (um Clark Kent engomadinho, por exemplo) e somente depois o herói em público (depois de se trocar rapidamente numa cabine telefônica e sair Super), sugerindo que o filme é sobre Tony Stark e não o Homem de Ferro. Infelizmente, pra que houvesse esse impacto, o diretor Jon Favreau (que também atua como o motorista Happy), teve que cortar uma das cenas mais legais que aparecem nos primeiros trailers, onde a secretária/interesse romântico do protagonista, Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dá um beijo no capacete e o joga do avião.
Aliás, essa cena inicial é muito boa, também do ponto de vista gráfico. A câmera seguindo o Homem de Ferro enquanto voa é muito bem posicionada, e o jogo entre a posição da câmera e do personagem, funciona muito bem. A câmera, por vezes, perde de vista o personagem, dando a devida impressão de velocidade dele, sem ter que usar cortes rápidos. Não é uma técnica nova, mas o resultado é excelente.
A trama do filme se passa logo depois do final do primeiro filme. Com o anúncio de que Tony Stark é o Homem de Ferro, Ivan Vanko (Mickey Rourke) vê seu ódio pelo playboy aumentar, depois que seu pai morre, sentindo-se injustiçado pelo que o pai de Tony fizera com o seu pai, quando o enviou de volta à União Soviética acusando-o de ser espião. De posse do projeto do reator Arc, deixado por seu pai, Ivan constrói uma armadurazinha bem mequetrefe, mas com uma poderosa arma: dois chicotes energizados com plasma. Apesar da óbvia diferença entre a qualidade da armadura do Homem de Ferro e os apêndices do Chicote Negro (o nome vilanesco de Ivan, que não lembro se é usado no filme), as cenas de ação conseguem equilibrar os dois personagens, fazendo com que Tony Stark passe maus bocados pra vencer o russo, na cena passada na pista de Fórmula 1 (ou similar, não ligo pra carros mesmo).
Mas o que é pior para Stark é a sua própria condição física. O reator em seu peito, ao mesmo tempo que impede que os destroços da bomba do primeiro filme o matem, contamina seu sangue com paládio, o metal usado como "combustível" do reator. No meio disso, ainda vemos surgir Justin Hammer (Sam Rockwell), outro milionário crianção (que não larga um pirulito da boca, sem segundas intenções), que é rival de Stark, e está disposto a fazer de tudo, para conseguir superá-lo. Além, é claro, da participação mais ativa da SHIELD neste filme, com Nick Fury (Samuel L. Jackson) aparecendo não somente nos créditos finais como no primeiro Homem de Ferro, e também com a agente Natasha Romanoff (a sempre linda Scarlett Johansson), também conhecida como Viúva Negra, se infiltrando nas empresas Stark.
Além dos personagens novos, há ainda outros antigos que aparecem mais desenvolvidos, como James Rhodes (desta vez vivido por Don Cheadle), amigo de Starke e comandante do exército dos EUA, que finalmente vestirá a armadura como Máquina de Combate. Tantos personagens poderiam transformar o filme num samba do crioulo doido, mas felizmente o roteiro de Justin Theroux consegue amarrar bem as pontas. Claro que ele sacrifica um pouco o tempo de algumas personagens, como Pepper Potts, bem mais contida neste segundo filme, e mesmo a Viúva Negra, que tem apenas uma sequência de ação (mas extremamente bem coreografada e com excelente jogo de câmera) e poucos momentos em cena como espiã (OK, sou suspeito em dizer isso, já que por mim, haveria um filme só da Scarlett como Natasha).
No geral, a atuação de todos os atores estão ótimas. Uma exceção seria Don Cheadle, que parece pouco a vontade no personagem. Downey Jr., mais uma vez, é o grande destaque, dando vida e credibilidade ao seu Stark.
O filme é perfeito? Não, mas chega perto. Como filme de quadrinhos, é excepcional. Se formos analisar friamente, o filme ainda é inferior ao Batman - O Cavaleiro das Trevas, mas como fã declarado da Marvel, ainda prefiro o Homem de Ferro 2. Que contém referências a outros filmes de personagens da Marvel, que já saíram ou irão sair (Hulk, Capitão América e Thor), assim como nos quadrinhos. Se você não sabe, uma das marcas da Marvel sempre foram as interações entre os seus diversos personagens, que por motivos comerciais, ficaram de fora nos filmes (por exemplo, o Homem-Aranha sempre foi muito amigo do Tocha Humana do Quarteto Fantástico, mas como os direitos de filmes deles estão em estúdios diferentes...).
Mesmo sendo excelente, Homem de Ferro 2 não escapa de alguns clichês. Alguns funcionam, outros não. O herói arrumando tempo pra salvar um garotinho, mesmo quando ele estava sendo perseguido por um monte de robôs, é um exemplo de cena que corta a ação e que deve ter sido imposição do estúdio pra vender mais brinquedos (afinal, o garotinho usava capacete e luvas de brinquedo do herói). Um outro exemplo de clichê, mas que desta vez quase passa imperceptível e ficou muito legal, é a cena da batalha final. Ela se passa num dos pavilhões da Stark Expo, e tem como cenário de fundo, um ambiente parecido com um jardim japonês, com direito a pétalas de flores (seriam de cerejeira - sakura?) caindo, como num autêntico filme de samurais. Mas que no caso, usam repulsores de plasma e artilharia pesada ao invés de espadas.
Pra quem é geek, vale ainda notar o merchandising que a Oracle, a famosa fabricante de Banco de Dados (e agora dona da Sun, criadora do Java), fez no filme. Além de aparecer em vários momentos (a luta final, por exemplo, é no pavilhão/estande da empresa), fora a aparição do Larry Ellison, presidente da empresa, logo antes da já clássica aparição de Stan Lee.
Enfim, se você gostou do primeiro filme, tem tudo pra gostar também de Homem de Ferro 2. Se for fã de quadrinhos, então, vai delirar. Se não for, ainda assim vai ver um filme com boas cenas de ação e um bom desenvolvimento dos personagens principais. Eu fortemente recomendo.
Trailer:
Para saber mais: especial no Omelete e crítica no Cinema em Cena.
E como bônus, mais imagens da linda Scarlett Johansson:
Eu sempre fui fã da Marvel, a editora que publica o Homem de Ferro. Mas, dentre os muitos excelentes personagens da Editora da "Casa das Ideias", o Latinha nunca foi um dos meus preferidos. Entretanto, isso mudou depois do primeiro filme. A ênfase em contar a história do personagem e não da armadura, transformou uma história potencialmente apenas de ação desenfreada (como o acerebrado Transformers 2), em um filme completo, equilibrado, e sobretudo, muito, muito divertido.
E essa ênfase continua neste segundo filme. A cena inicial que mostra o herói já dá o tom: vemos o Homem de Ferro saindo de um avião, se jogando no ar, e voando até aterrissar na Stark Expo, onde a armadura é retirada e vemos surgir para o público, o milionário Tony Stark (Robert Downey Jr.). Note que é uma inversão do que normalmente acontece com a apresentação de heróis, onde primeiro vemos o alter ego (um Clark Kent engomadinho, por exemplo) e somente depois o herói em público (depois de se trocar rapidamente numa cabine telefônica e sair Super), sugerindo que o filme é sobre Tony Stark e não o Homem de Ferro. Infelizmente, pra que houvesse esse impacto, o diretor Jon Favreau (que também atua como o motorista Happy), teve que cortar uma das cenas mais legais que aparecem nos primeiros trailers, onde a secretária/interesse romântico do protagonista, Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dá um beijo no capacete e o joga do avião.
Aliás, essa cena inicial é muito boa, também do ponto de vista gráfico. A câmera seguindo o Homem de Ferro enquanto voa é muito bem posicionada, e o jogo entre a posição da câmera e do personagem, funciona muito bem. A câmera, por vezes, perde de vista o personagem, dando a devida impressão de velocidade dele, sem ter que usar cortes rápidos. Não é uma técnica nova, mas o resultado é excelente.
A trama do filme se passa logo depois do final do primeiro filme. Com o anúncio de que Tony Stark é o Homem de Ferro, Ivan Vanko (Mickey Rourke) vê seu ódio pelo playboy aumentar, depois que seu pai morre, sentindo-se injustiçado pelo que o pai de Tony fizera com o seu pai, quando o enviou de volta à União Soviética acusando-o de ser espião. De posse do projeto do reator Arc, deixado por seu pai, Ivan constrói uma armadurazinha bem mequetrefe, mas com uma poderosa arma: dois chicotes energizados com plasma. Apesar da óbvia diferença entre a qualidade da armadura do Homem de Ferro e os apêndices do Chicote Negro (o nome vilanesco de Ivan, que não lembro se é usado no filme), as cenas de ação conseguem equilibrar os dois personagens, fazendo com que Tony Stark passe maus bocados pra vencer o russo, na cena passada na pista de Fórmula 1 (ou similar, não ligo pra carros mesmo).
Mas o que é pior para Stark é a sua própria condição física. O reator em seu peito, ao mesmo tempo que impede que os destroços da bomba do primeiro filme o matem, contamina seu sangue com paládio, o metal usado como "combustível" do reator. No meio disso, ainda vemos surgir Justin Hammer (Sam Rockwell), outro milionário crianção (que não larga um pirulito da boca, sem segundas intenções), que é rival de Stark, e está disposto a fazer de tudo, para conseguir superá-lo. Além, é claro, da participação mais ativa da SHIELD neste filme, com Nick Fury (Samuel L. Jackson) aparecendo não somente nos créditos finais como no primeiro Homem de Ferro, e também com a agente Natasha Romanoff (a sempre linda Scarlett Johansson), também conhecida como Viúva Negra, se infiltrando nas empresas Stark.
Além dos personagens novos, há ainda outros antigos que aparecem mais desenvolvidos, como James Rhodes (desta vez vivido por Don Cheadle), amigo de Starke e comandante do exército dos EUA, que finalmente vestirá a armadura como Máquina de Combate. Tantos personagens poderiam transformar o filme num samba do crioulo doido, mas felizmente o roteiro de Justin Theroux consegue amarrar bem as pontas. Claro que ele sacrifica um pouco o tempo de algumas personagens, como Pepper Potts, bem mais contida neste segundo filme, e mesmo a Viúva Negra, que tem apenas uma sequência de ação (mas extremamente bem coreografada e com excelente jogo de câmera) e poucos momentos em cena como espiã (OK, sou suspeito em dizer isso, já que por mim, haveria um filme só da Scarlett como Natasha).
No geral, a atuação de todos os atores estão ótimas. Uma exceção seria Don Cheadle, que parece pouco a vontade no personagem. Downey Jr., mais uma vez, é o grande destaque, dando vida e credibilidade ao seu Stark.
O filme é perfeito? Não, mas chega perto. Como filme de quadrinhos, é excepcional. Se formos analisar friamente, o filme ainda é inferior ao Batman - O Cavaleiro das Trevas, mas como fã declarado da Marvel, ainda prefiro o Homem de Ferro 2. Que contém referências a outros filmes de personagens da Marvel, que já saíram ou irão sair (Hulk, Capitão América e Thor), assim como nos quadrinhos. Se você não sabe, uma das marcas da Marvel sempre foram as interações entre os seus diversos personagens, que por motivos comerciais, ficaram de fora nos filmes (por exemplo, o Homem-Aranha sempre foi muito amigo do Tocha Humana do Quarteto Fantástico, mas como os direitos de filmes deles estão em estúdios diferentes...).
Mesmo sendo excelente, Homem de Ferro 2 não escapa de alguns clichês. Alguns funcionam, outros não. O herói arrumando tempo pra salvar um garotinho, mesmo quando ele estava sendo perseguido por um monte de robôs, é um exemplo de cena que corta a ação e que deve ter sido imposição do estúdio pra vender mais brinquedos (afinal, o garotinho usava capacete e luvas de brinquedo do herói). Um outro exemplo de clichê, mas que desta vez quase passa imperceptível e ficou muito legal, é a cena da batalha final. Ela se passa num dos pavilhões da Stark Expo, e tem como cenário de fundo, um ambiente parecido com um jardim japonês, com direito a pétalas de flores (seriam de cerejeira - sakura?) caindo, como num autêntico filme de samurais. Mas que no caso, usam repulsores de plasma e artilharia pesada ao invés de espadas.
Pra quem é geek, vale ainda notar o merchandising que a Oracle, a famosa fabricante de Banco de Dados (e agora dona da Sun, criadora do Java), fez no filme. Além de aparecer em vários momentos (a luta final, por exemplo, é no pavilhão/estande da empresa), fora a aparição do Larry Ellison, presidente da empresa, logo antes da já clássica aparição de Stan Lee.
Enfim, se você gostou do primeiro filme, tem tudo pra gostar também de Homem de Ferro 2. Se for fã de quadrinhos, então, vai delirar. Se não for, ainda assim vai ver um filme com boas cenas de ação e um bom desenvolvimento dos personagens principais. Eu fortemente recomendo.
Trailer:
Para saber mais: especial no Omelete e crítica no Cinema em Cena.
E como bônus, mais imagens da linda Scarlett Johansson:
Os fumantes e a discriminação das empresas - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 31/05/2010, sobre o tabaco e suas implicações sociais nos dias atuais.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Os fumantes e a discriminação das empresas
Hoje é o dia mundial sem tabaco. Ocasião propícia para responder de uma só vez, a algumas mensagens que me chegaram nos últimos meses, de ouvintes fumantes que reclamam por se sentirem discriminados.
Os argumentos de todos eles são dois. O primeiro é uma afirmação: eles sentem prazer em fumar. E o segundo é uma pergunta: se a lei permite que um produto seja livremente produzido e comercializado, como o seu consumo pode ser proibido?
Vamos fazer uma pequena viagem no tempo. Até o final da década de 70, fumar era considerado um hábito socialmente aceitável. Era até chique. Naquela mesma época, tatuagem era coisa de pirata do século 17, perdido no século 20. E um homem usando brinco, levaria o pai e a mãe a se debulharem em lágrimas, e a se perguntarem onde foi que eles falharam na educação do filho.
Hoje as coisas se inverteram. Ter tatuagem ou usar brinco são modismos que só espantam os muitos conservadores. Por outro lado, fumar deixou de ser uma moda inofensiva. A medicina já deixou claro que o tabaco é nocivo à saúde, tanto à própria, quanto a alheia.
Além disso, tanto socialmente quanto profissionalmente, o cigarro não é mais benvindo. A maioria das empresas já tinha proibido o tabagismo dentro de suas dependências, antes mesmo de algumas leis expulsarem o fumacê de qualquer ambiente fechado com acesso público.
Agora, respondendo à pergunta de nossos ouvintes, a produção e a venda não são proibidas porque a arrecadação de impostos é considerável. E porque uma proibição repentina só iria criar um enorme mercado negro. O governo deixaria de arrecadar bilhões por ano e milhões de brasileiros se tornariam criminosos da noite para o dia. Os Estados Unidos já provaram que esse tipo de medida não funciona, quando adotaram a lei seca, proibindo bebidas alcoólicas.
Então, a redução do consumo de cigarros, no mundo inteiro, está sendo feita não através da imposição total, mas da conscientização gradativa. O dia sem tabaco é mais um passo nessa direção.
Eu também diria a nossos ouvintes tabagistas, que na história do mundo, muita gente iluminada, que estava a frente do seu tempo, ficou famosa por defender causas justas, mas impopulares. O tabagismo há tempos deixou de ser considerado uma causa justa. E a cada dia, vai ficando mais impopular.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Os fumantes e a discriminação das empresas
Hoje é o dia mundial sem tabaco. Ocasião propícia para responder de uma só vez, a algumas mensagens que me chegaram nos últimos meses, de ouvintes fumantes que reclamam por se sentirem discriminados.
Os argumentos de todos eles são dois. O primeiro é uma afirmação: eles sentem prazer em fumar. E o segundo é uma pergunta: se a lei permite que um produto seja livremente produzido e comercializado, como o seu consumo pode ser proibido?
Vamos fazer uma pequena viagem no tempo. Até o final da década de 70, fumar era considerado um hábito socialmente aceitável. Era até chique. Naquela mesma época, tatuagem era coisa de pirata do século 17, perdido no século 20. E um homem usando brinco, levaria o pai e a mãe a se debulharem em lágrimas, e a se perguntarem onde foi que eles falharam na educação do filho.
Hoje as coisas se inverteram. Ter tatuagem ou usar brinco são modismos que só espantam os muitos conservadores. Por outro lado, fumar deixou de ser uma moda inofensiva. A medicina já deixou claro que o tabaco é nocivo à saúde, tanto à própria, quanto a alheia.
Além disso, tanto socialmente quanto profissionalmente, o cigarro não é mais benvindo. A maioria das empresas já tinha proibido o tabagismo dentro de suas dependências, antes mesmo de algumas leis expulsarem o fumacê de qualquer ambiente fechado com acesso público.
Agora, respondendo à pergunta de nossos ouvintes, a produção e a venda não são proibidas porque a arrecadação de impostos é considerável. E porque uma proibição repentina só iria criar um enorme mercado negro. O governo deixaria de arrecadar bilhões por ano e milhões de brasileiros se tornariam criminosos da noite para o dia. Os Estados Unidos já provaram que esse tipo de medida não funciona, quando adotaram a lei seca, proibindo bebidas alcoólicas.
Então, a redução do consumo de cigarros, no mundo inteiro, está sendo feita não através da imposição total, mas da conscientização gradativa. O dia sem tabaco é mais um passo nessa direção.
Eu também diria a nossos ouvintes tabagistas, que na história do mundo, muita gente iluminada, que estava a frente do seu tempo, ficou famosa por defender causas justas, mas impopulares. O tabagismo há tempos deixou de ser considerado uma causa justa. E a cada dia, vai ficando mais impopular.
Max Gehringer, para CBN.
2010-05-30
Filme: Sex And The City 2
Em 2008, quando o primeiro filme Sex and the City foi lançado, eu não fui aos cinemas assisti-lo, pela seguinte razão: eu nunca havia visto um episódio sequer da série, um pouco por falta de oportunidade, um pouco por preconceito mesmo, já que Sex and the City sempre foi uma série de "mulherzinha". Ainda bem que eu não vi o primeiro filme nos cinemas, porque se eu fosse tomar o filme como parâmetro para a qualidade da série, nunca teria dado risada das conversas de Carrie e companhia.
Por um acaso, acabei vendo uns episódios na televisão, e o texto bem humorado e amarrado, além do ponto de vista feminino sobre coisas que eu desconheço (e que continuo não conhecendo e nem faço questão, como roupas e sapatos), fez com que eu desse uma chance à série e buscasse assistir na sequência (não que isso importe muito). E admito, acabei assistindo toda a série. E apesar de achar apenas os primeiros anos geniais (da quarta temporada em diante, a qualidade é muito inferior), no geral, me diverti bastante.
Eu não estava esperando muito deste Sex and the City 2, já que o primeiro filme, seja pra quem assistiu a série ou não, era uma droga. Depois de sair da sessão, duas constatações: o filme é melhor que o primeiro, mas ainda assim, no pesar da balança, é ruim.
Eu diria que Sex and the City 2 não é tanto um filme, mas uma festa. Uma festa que reúne um elenco familiar (já que está quase todo mundo da série ali, a maioria só fazendo uma ponta) pra matar saudade das fãs (e faturar mais uns trocados). E esse clima de festa fica evidente logo nos créditos da abertura, com tanto efeito de brilho e brilhantes. E fica escancarado logo no início do filme, na festa de casamento dos melhores amigos gays de Carrie (Sarah Jessica Parker) e Charlotte (Kristin Davis). E esse clima exagerado e festivo (como você imagina que seja um casamento de gays abastados de Manhattam), dá boa parte do tom do filme.
Sex and the City 2 é escancaradamente um filme feito pra fãs. Se no primeiro longa, ainda havia uma breve introdução das personagens (uma espécie de "previously in..."), neste filme o conhecimento das personagens é requisito prévio pra poder curtir um pouco. Não que ele seja muito divertido. O filme até caminha bem no primeiro 1/3, com um humor excelente, bons textos e cenas, muitas remetendo à série, como os clássicos papos no encontro para o café da manhã, das quatro personagens.
E as quatro personagens estão coerentes no filme, quanto ao desenvolvimento delas na série, não deixando cada uma de representar (exageradamente ou cariacaturalmente), facetas ou estereótipos femininos modernos. Miranda (Cynthia Nixon) continua representando o lado profissional, mas apresenta a evolução de ser uma profissional mais madura e também mãe. Charlotte continua representando o lado romântico, meigo e também "patricinha", só que agora enfrentando a dura realidade do sonho alcançado (especialmente no que diz respeito em ser mãe). Samantha (Kim Cattrall) continua representando o lado sexual e sensual, mesmo estando um pouco mais velha (e esse é o tom do conflito da personagem neste filme, a luta - inglória - contra o envelhecimento). E claro, temos Carrie, que além de representar a união entre todas as amigas, ainda representa a espectadora-público-alvo, algo para a "mulherada em geral" tomar como sonho de consumo (afinal, que mulher não gostaria de viver numa cidade cosmopolita, com toneladas de roupas/sapatos de marca, ser paquerada por homens interessantes - apesar de estar longe de ser bonita - e exercer um trabalho criativo?).
A trama central do filme? Er... eu diria que não tem. Quer dizer, até tem, mas é tão rasa e mal explorada... O grande problema de Carrie, a personagem central, é com a vida de casada, onde: 1 - ela tem medo de que o relacionamento dela com "Sr. Big" John Preston (Chris Noth) caia na vala comum da rotina; e 2 - ela tem medo de perder a própria personalidade, de transformar-se em Carrie Preston e deixar de ser Carrie Bradshaw (seu nome de solteira, simbolizando a sua antiga vida).
Depois que as quatro amigas saem de férias e vão para Abu Dhabi, no oriente médio, com tudo pago por um rico sheik querendo negociar com Samantha, o filme tem uma grande virada: entram imagens grandiosas, planos abertos mostrando a paisagem (até parece comercial de algum órgão governamental de incentivo ao turismo), planos fechados só pra mostrar o figurino chique das personagens, e saem os diálogos interessantes e cheios de humor. As cenas do hotel, por exemplo, mais parecem matérias de socialite no estilo Amauri Jr.
Bem, ainda se salvam poucos bons momentos de texto (como quando Charlotte e Miranda tomam uns drinks e compartilham "histórias de mães"), mas não são muito divertidos. Mesmo Samantha, geralmente ótima na sua "caçada", rende poucos momentos muito engraçados. Apesar de monopolizar grande parte da atenção, ela entrega piadinhas com pouca originalidade e graça. E o encontro fortuito de Aidan (John Corbett), antigo namorado de Carrie, com esta, que nos trailers dá a sugestão de grande importância no filme, está mais para uma ponta do ator. Mesmo a sugestão de significado, simbolizado pelo chamado à oração muçulmana, neste encontro, é mal aproveitada. Ou seja, a coisa não se desenvolve muito.
Mas o pior mesmo, pra mim, foi a cena do karaokê. Sério, totalmente desnecessária, essa cena só está lá pra contribuir com o clima de festa que o filme adota. E como é de praxe, feministas deverão querer queimar os rolos deste filme. Além de ser uma ode ao consumismo e uma clara apologia à vida descerebrada e fútil (como a série é, em geral, mas em compensação a série sabia rir de si mesma e ser engraçada), o filme Sex and the City 2 ainda rende pérolas do clichê, como quando quando Carrie tem problemas e uma das amigas sugere que façam compras então. E falando em clichê, como boa parte do filme se passa no Oriente médio, não falta um uso clichê pra burca, aquela roupa que cobre toda a mulher (e que deve ser especialmente infernal de usar naquele calor).
A favor do filme, a parte de design de produção: cenários lindos e exuberantes, e principalmente figurino, que além do fator moda/marcas (que eu não entendo e não dou a mínima também), é bem trabalhado, no sentido de que as roupas refletem bem cada personagem. Note o uso das cores das roupas, por exemplo. O uso de rosa por Charlotte (personagem romântica) ou de cores mais sóbrias por Miranda (profissional) não é mera coincidência. As atuações também estão boas, o que já era de se esperar, já que as atrizes e atores já têm o papel incorporado na pele, depois de tanto tempo, e as pontas famosas como Penélope Cruz e Miley Cyrus não distoam.
Sex and the City 2 se assemelha a um episódio estendido da série, ou uma junção de dois ou três episódios. Por si só, isso não é um fator tão ruim assim (veja o filme dos Simpsons, por exemplo, que é um grande episódio da série, o que no caso dos Simpsons, já garante uma boa qualidade). O problema é que, no caso de Sex and the City, é um daqueles episódios ruins, que começa bem, mas depois se mostra fraco demais.
E, já que falamos de cinema, é preciso ainda que se diga que o diretor e roteirista Michael Patrick King (que também produziu os 3 últimos anos da série, e também escreveu e dirigiu episódios dela, bem como o primeiro filme), ainda precisa se acostumar com a nova mídia. Olhe por exemplo, o final do filme, quando as resoluções dos conflitos das amigas de Carrie são narradas por esta, sem maiores desenvolvimentos. Um recurso típico da série, mas que é um tanto fraco/preguiçoso no cinema.
Enfim, Sex and the City 2 é um filme feito com o intuito de ser uma festa pras fãs desamparadas e saudosas da série. Infelizmente, sem desenvolver muito as personagens e se amparar mais em imagens e futilidades, ele não chega nem perto dos melhores episódios da série.
Trailer:
Para saber mais: especial no Omelete.
Por um acaso, acabei vendo uns episódios na televisão, e o texto bem humorado e amarrado, além do ponto de vista feminino sobre coisas que eu desconheço (e que continuo não conhecendo e nem faço questão, como roupas e sapatos), fez com que eu desse uma chance à série e buscasse assistir na sequência (não que isso importe muito). E admito, acabei assistindo toda a série. E apesar de achar apenas os primeiros anos geniais (da quarta temporada em diante, a qualidade é muito inferior), no geral, me diverti bastante.
Eu não estava esperando muito deste Sex and the City 2, já que o primeiro filme, seja pra quem assistiu a série ou não, era uma droga. Depois de sair da sessão, duas constatações: o filme é melhor que o primeiro, mas ainda assim, no pesar da balança, é ruim.
(Esse cartaz ficou tão medonho que apareceu até no Photoshop Disasters)
Eu diria que Sex and the City 2 não é tanto um filme, mas uma festa. Uma festa que reúne um elenco familiar (já que está quase todo mundo da série ali, a maioria só fazendo uma ponta) pra matar saudade das fãs (e faturar mais uns trocados). E esse clima de festa fica evidente logo nos créditos da abertura, com tanto efeito de brilho e brilhantes. E fica escancarado logo no início do filme, na festa de casamento dos melhores amigos gays de Carrie (Sarah Jessica Parker) e Charlotte (Kristin Davis). E esse clima exagerado e festivo (como você imagina que seja um casamento de gays abastados de Manhattam), dá boa parte do tom do filme.
Sex and the City 2 é escancaradamente um filme feito pra fãs. Se no primeiro longa, ainda havia uma breve introdução das personagens (uma espécie de "previously in..."), neste filme o conhecimento das personagens é requisito prévio pra poder curtir um pouco. Não que ele seja muito divertido. O filme até caminha bem no primeiro 1/3, com um humor excelente, bons textos e cenas, muitas remetendo à série, como os clássicos papos no encontro para o café da manhã, das quatro personagens.
E as quatro personagens estão coerentes no filme, quanto ao desenvolvimento delas na série, não deixando cada uma de representar (exageradamente ou cariacaturalmente), facetas ou estereótipos femininos modernos. Miranda (Cynthia Nixon) continua representando o lado profissional, mas apresenta a evolução de ser uma profissional mais madura e também mãe. Charlotte continua representando o lado romântico, meigo e também "patricinha", só que agora enfrentando a dura realidade do sonho alcançado (especialmente no que diz respeito em ser mãe). Samantha (Kim Cattrall) continua representando o lado sexual e sensual, mesmo estando um pouco mais velha (e esse é o tom do conflito da personagem neste filme, a luta - inglória - contra o envelhecimento). E claro, temos Carrie, que além de representar a união entre todas as amigas, ainda representa a espectadora-público-alvo, algo para a "mulherada em geral" tomar como sonho de consumo (afinal, que mulher não gostaria de viver numa cidade cosmopolita, com toneladas de roupas/sapatos de marca, ser paquerada por homens interessantes - apesar de estar longe de ser bonita - e exercer um trabalho criativo?).
A trama central do filme? Er... eu diria que não tem. Quer dizer, até tem, mas é tão rasa e mal explorada... O grande problema de Carrie, a personagem central, é com a vida de casada, onde: 1 - ela tem medo de que o relacionamento dela com "Sr. Big" John Preston (Chris Noth) caia na vala comum da rotina; e 2 - ela tem medo de perder a própria personalidade, de transformar-se em Carrie Preston e deixar de ser Carrie Bradshaw (seu nome de solteira, simbolizando a sua antiga vida).
Depois que as quatro amigas saem de férias e vão para Abu Dhabi, no oriente médio, com tudo pago por um rico sheik querendo negociar com Samantha, o filme tem uma grande virada: entram imagens grandiosas, planos abertos mostrando a paisagem (até parece comercial de algum órgão governamental de incentivo ao turismo), planos fechados só pra mostrar o figurino chique das personagens, e saem os diálogos interessantes e cheios de humor. As cenas do hotel, por exemplo, mais parecem matérias de socialite no estilo Amauri Jr.
Bem, ainda se salvam poucos bons momentos de texto (como quando Charlotte e Miranda tomam uns drinks e compartilham "histórias de mães"), mas não são muito divertidos. Mesmo Samantha, geralmente ótima na sua "caçada", rende poucos momentos muito engraçados. Apesar de monopolizar grande parte da atenção, ela entrega piadinhas com pouca originalidade e graça. E o encontro fortuito de Aidan (John Corbett), antigo namorado de Carrie, com esta, que nos trailers dá a sugestão de grande importância no filme, está mais para uma ponta do ator. Mesmo a sugestão de significado, simbolizado pelo chamado à oração muçulmana, neste encontro, é mal aproveitada. Ou seja, a coisa não se desenvolve muito.
Mas o pior mesmo, pra mim, foi a cena do karaokê. Sério, totalmente desnecessária, essa cena só está lá pra contribuir com o clima de festa que o filme adota. E como é de praxe, feministas deverão querer queimar os rolos deste filme. Além de ser uma ode ao consumismo e uma clara apologia à vida descerebrada e fútil (como a série é, em geral, mas em compensação a série sabia rir de si mesma e ser engraçada), o filme Sex and the City 2 ainda rende pérolas do clichê, como quando quando Carrie tem problemas e uma das amigas sugere que façam compras então. E falando em clichê, como boa parte do filme se passa no Oriente médio, não falta um uso clichê pra burca, aquela roupa que cobre toda a mulher (e que deve ser especialmente infernal de usar naquele calor).
A favor do filme, a parte de design de produção: cenários lindos e exuberantes, e principalmente figurino, que além do fator moda/marcas (que eu não entendo e não dou a mínima também), é bem trabalhado, no sentido de que as roupas refletem bem cada personagem. Note o uso das cores das roupas, por exemplo. O uso de rosa por Charlotte (personagem romântica) ou de cores mais sóbrias por Miranda (profissional) não é mera coincidência. As atuações também estão boas, o que já era de se esperar, já que as atrizes e atores já têm o papel incorporado na pele, depois de tanto tempo, e as pontas famosas como Penélope Cruz e Miley Cyrus não distoam.
Sex and the City 2 se assemelha a um episódio estendido da série, ou uma junção de dois ou três episódios. Por si só, isso não é um fator tão ruim assim (veja o filme dos Simpsons, por exemplo, que é um grande episódio da série, o que no caso dos Simpsons, já garante uma boa qualidade). O problema é que, no caso de Sex and the City, é um daqueles episódios ruins, que começa bem, mas depois se mostra fraco demais.
E, já que falamos de cinema, é preciso ainda que se diga que o diretor e roteirista Michael Patrick King (que também produziu os 3 últimos anos da série, e também escreveu e dirigiu episódios dela, bem como o primeiro filme), ainda precisa se acostumar com a nova mídia. Olhe por exemplo, o final do filme, quando as resoluções dos conflitos das amigas de Carrie são narradas por esta, sem maiores desenvolvimentos. Um recurso típico da série, mas que é um tanto fraco/preguiçoso no cinema.
Enfim, Sex and the City 2 é um filme feito com o intuito de ser uma festa pras fãs desamparadas e saudosas da série. Infelizmente, sem desenvolver muito as personagens e se amparar mais em imagens e futilidades, ele não chega nem perto dos melhores episódios da série.
Trailer:
Para saber mais: especial no Omelete.
2010-05-28
Mulheres podem ser assustadoras uma vez por mês
É o que diz o gráfico abaixo:
Eu não tenho culpa se várias mulheres simplesmente viram feras por causa da TPM. E antes que alguém me venha acusar de machismo, só traduzi esse gráfico feito pela Jessica do Indexed.
Eu não tenho culpa se várias mulheres simplesmente viram feras por causa da TPM. E antes que alguém me venha acusar de machismo, só traduzi esse gráfico feito pela Jessica do Indexed.
'Recebi proposta para ganhar o dobro e 7 meses depois fui demitido' - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/05/2010, sobre a pegadinha de ganhar o dobro do salário.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Recebi proposta para ganhar o dobro e 7 meses depois fui demitido'
Relato de um ouvinte muito chateado. Diz ele: "Recebi uma proposta para ganhar o dobro, e aceitei. Saí de uma empresa de grande porte e fui para uma empresa menor. Meu trabalho seria montar um departamento técnico, que ainda não existia. Sete meses depois, e com o departamento funcionando, fui inesperadamente demitido. A alegação foi a de que o meu salário era muito alto. Pergunto: a empresa não sabia disso quando me contratou?"
Sim, ela sabia. Mas vamos começar pelo princípio. Quando alguém recebe uma proposta para dobrar o salário, deve ter duas reações. Uma, de imensa alegria. E outra, de enorme desconfiança. Só existem duas situações em que dobrar o salário numa só tacada é algo acreditável.
A primeira é bem no começo da carreira. Existem empresas que não pagam bons salários iniciais. E não são apenas pequenas empresas. Várias empresas de renome também fazem isso, porque elas sabem que irão proporcionar ao contratado a possibilidade de colocar uma grife no currículo. Como isso será interessante para carreira, a quantidade de jovens candidatos é sempre maior do que o número de vagas oferecidas. E aí, o salário cai. Um ano depois, será possível mudar para outra empresa, até com o dobro do salário.
A segunda situação é a do profissional que ficou muito tempo em uma única empresa, ganhando pouco e sem nunca ter procurado se informar se o salário que recebia era compatível com a média do mercado.
O nosso ouvinte não estava em nenhuma dessas duas situações. Ele era um profissional estabelecido e trabalhava numa grande empresa.
Então, o que a pequena empresa que o contratou fez, foi pensar o seguinte. "Precisamos de alguém para montar o departamento técnico. Vamos trazer alguém bom e pagar o que preciso. Quando o departamento já estiver caminhando bem, contratamos outra pessoa para chefiá-la, pagando a ela o salário do mercado."
O nosso ouvinte, portanto, recebeu dois salários mensais durante sete meses: um para montar o departamento, e outro para ser o chefe dele. Só que a empresa não disse nada disso. A empresa agiu mal? Agiu, muito mal.
Mas fica a dica para quem receber, de repente, uma proposta maravilhosa: o ideal é assinar um contrato por dois ou três anos, que é o que o nosso ouvinte deveria ter feito, se tivesse tido a dose certa de desconfiança após o momento de alegria.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Recebi proposta para ganhar o dobro e 7 meses depois fui demitido'
Relato de um ouvinte muito chateado. Diz ele: "Recebi uma proposta para ganhar o dobro, e aceitei. Saí de uma empresa de grande porte e fui para uma empresa menor. Meu trabalho seria montar um departamento técnico, que ainda não existia. Sete meses depois, e com o departamento funcionando, fui inesperadamente demitido. A alegação foi a de que o meu salário era muito alto. Pergunto: a empresa não sabia disso quando me contratou?"
Sim, ela sabia. Mas vamos começar pelo princípio. Quando alguém recebe uma proposta para dobrar o salário, deve ter duas reações. Uma, de imensa alegria. E outra, de enorme desconfiança. Só existem duas situações em que dobrar o salário numa só tacada é algo acreditável.
A primeira é bem no começo da carreira. Existem empresas que não pagam bons salários iniciais. E não são apenas pequenas empresas. Várias empresas de renome também fazem isso, porque elas sabem que irão proporcionar ao contratado a possibilidade de colocar uma grife no currículo. Como isso será interessante para carreira, a quantidade de jovens candidatos é sempre maior do que o número de vagas oferecidas. E aí, o salário cai. Um ano depois, será possível mudar para outra empresa, até com o dobro do salário.
A segunda situação é a do profissional que ficou muito tempo em uma única empresa, ganhando pouco e sem nunca ter procurado se informar se o salário que recebia era compatível com a média do mercado.
O nosso ouvinte não estava em nenhuma dessas duas situações. Ele era um profissional estabelecido e trabalhava numa grande empresa.
Então, o que a pequena empresa que o contratou fez, foi pensar o seguinte. "Precisamos de alguém para montar o departamento técnico. Vamos trazer alguém bom e pagar o que preciso. Quando o departamento já estiver caminhando bem, contratamos outra pessoa para chefiá-la, pagando a ela o salário do mercado."
O nosso ouvinte, portanto, recebeu dois salários mensais durante sete meses: um para montar o departamento, e outro para ser o chefe dele. Só que a empresa não disse nada disso. A empresa agiu mal? Agiu, muito mal.
Mas fica a dica para quem receber, de repente, uma proposta maravilhosa: o ideal é assinar um contrato por dois ou três anos, que é o que o nosso ouvinte deveria ter feito, se tivesse tido a dose certa de desconfiança após o momento de alegria.
Max Gehringer, para CBN.
2010-05-27
'Estamos em conflito com a diretoria da empresa sobre horário de trabalho na Copa' - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/05/2010, sobre o horário de trabalho durante a Copa do Mundo.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Estamos em conflito com a diretoria da empresa sobre horário de trabalho na Copa'
"Estamos num conflito com a diretoria da nossa empresa", relata um ouvinte torcedor, sobre o horário de trabalho durante a Copa do Mundo. "A empresa alega que dia útil é dia útil, e portanto o expediente será normal. Mas se dispõe a instalar uma TV no refeitório, para que todos os funcionários assistam aos jogos.
Só que nós os funcionários, consideramos que Copa do Mundo não é capítulo de novela, que se assiste e pronto. Tem os comentários, de antes e depois. E além disso, gostaríamos de escolher na companhia de quem vamos assistir os jogos. Todos nós temos nossos amigos do peito, que são os companheiros ideais para aquelas duas horas de alegria e aflição.
O que nós queremos é ter meio dia livre, para ser compensado em outra ocasião, mas a empresa está irredutível. Você considera que essa postura é correta?"
A bem da verdade, em pelo menos um caso, será um dia inteiro. O Brasil joga com Portugal às onze horas da manhã, e vai ser complicado definir o que é meio expediente nesse dia.
Mas tirando esse pormenor, eu já passei por meia dúzia de Copas em empresas, e em todas elas, a discussão sempre foi a mesma. Em muitas empresas, e talvez na maioria delas, há setores que não podem parar. É o caso de vendedores externos e do pessoal da fabricação. Portanto, os beneficiados por uma eventual liberação seriam os funcionários do escritório. E aí haveria a tradicional reclamação de que o pessoal administrativo sempre recebe tratamento diferenciado. E a direção da empresa acaba preferindo ser antipática com a minoria, para não desagradar a maioria.
Vale também lembrar que não são todos os empregados que fazem questão de assistir a Copa. Tem quem não está nem aí, e não são poucos.
Uma solução seria a empresa colocar várias opções para votação geral: dia inteiro, meio dia, TV no trabalho, ou expediente integral sem Copa. E então seria escolhida a opção mais votada, com a compreensão democrática dos que votaram contra.
Eu acredito que muitas empresas vão se surpreender se promoverem uma votação dessas. Eu promovi uma, na Copa de 90. E os empregados escolheram, por larga maioria, e desespero do nosso ouvinte, a TV no refeitório. A opção pela liberação e posterior compensação das horas, ficou num distante último lugar.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Estamos em conflito com a diretoria da empresa sobre horário de trabalho na Copa'
"Estamos num conflito com a diretoria da nossa empresa", relata um ouvinte torcedor, sobre o horário de trabalho durante a Copa do Mundo. "A empresa alega que dia útil é dia útil, e portanto o expediente será normal. Mas se dispõe a instalar uma TV no refeitório, para que todos os funcionários assistam aos jogos.
Só que nós os funcionários, consideramos que Copa do Mundo não é capítulo de novela, que se assiste e pronto. Tem os comentários, de antes e depois. E além disso, gostaríamos de escolher na companhia de quem vamos assistir os jogos. Todos nós temos nossos amigos do peito, que são os companheiros ideais para aquelas duas horas de alegria e aflição.
O que nós queremos é ter meio dia livre, para ser compensado em outra ocasião, mas a empresa está irredutível. Você considera que essa postura é correta?"
A bem da verdade, em pelo menos um caso, será um dia inteiro. O Brasil joga com Portugal às onze horas da manhã, e vai ser complicado definir o que é meio expediente nesse dia.
Mas tirando esse pormenor, eu já passei por meia dúzia de Copas em empresas, e em todas elas, a discussão sempre foi a mesma. Em muitas empresas, e talvez na maioria delas, há setores que não podem parar. É o caso de vendedores externos e do pessoal da fabricação. Portanto, os beneficiados por uma eventual liberação seriam os funcionários do escritório. E aí haveria a tradicional reclamação de que o pessoal administrativo sempre recebe tratamento diferenciado. E a direção da empresa acaba preferindo ser antipática com a minoria, para não desagradar a maioria.
Vale também lembrar que não são todos os empregados que fazem questão de assistir a Copa. Tem quem não está nem aí, e não são poucos.
Uma solução seria a empresa colocar várias opções para votação geral: dia inteiro, meio dia, TV no trabalho, ou expediente integral sem Copa. E então seria escolhida a opção mais votada, com a compreensão democrática dos que votaram contra.
Eu acredito que muitas empresas vão se surpreender se promoverem uma votação dessas. Eu promovi uma, na Copa de 90. E os empregados escolheram, por larga maioria, e desespero do nosso ouvinte, a TV no refeitório. A opção pela liberação e posterior compensação das horas, ficou num distante último lugar.
Max Gehringer, para CBN.
2010-05-26
Carne de Zumbi do Japão
Olhem este pacote de salgadinhos/aperitivos. É o acompanhamento perfeito pra assistir um filme do George Romero:
Carne de zumbi. São pequenos pedacinhos de carne azul, criadas diretamente no cemitério.
Ok, na verdade é algo como carne seca. Só que azul. E supostamente de um zumbi.
Essa é a verdadeira vingança contra os mortos-vivos. Se eles vão atrás de carne (e cérebros) dos vivos, agora é a nossa vez!
Como podem ver pela embalagem, uma esquisitice do Japão. Via Pink Tentacle.
Carne de zumbi. São pequenos pedacinhos de carne azul, criadas diretamente no cemitério.
Ok, na verdade é algo como carne seca. Só que azul. E supostamente de um zumbi.
Essa é a verdadeira vingança contra os mortos-vivos. Se eles vão atrás de carne (e cérebros) dos vivos, agora é a nossa vez!
Como podem ver pela embalagem, uma esquisitice do Japão. Via Pink Tentacle.
Filme: O Preço da Traição
Eu gosto bastante de ir no cinema em dias de semana. E ontem eu fui, assistir o filme O Preço da Traição (ou Chloe no original), um drama/suspense erótico. E claro, pervertido como eu sou, gostei bastante. ;)
Julianne Moore é a doutora ginecologista Catherine Stewart. Da janela do seu consultório, ela vê a prostituta Chloe (interpretada por Amanda Seyfried) se despedindo de um cliente, sem ainda saber a ligação que haverá entre elas. Na introdução, a narração pela voz de Chloe já dá o tom de seu trabalho, e de suas habilidades: mexer com o desejo, se adaptar à fantasia do outro, se tornar o que o outro mais quer.
Quando o marido de Catherine, David (interpretado por Liam Neeson), perde o vôo de volta para casa, e a festa surpresa de aniversário, Catherine desconfia que ele está tendo um caso. No dia seguinte, ela vê uma mensagem no celular de David com uma foto dele com uma jovem aluna, agradecendo pela noite, mas sem conotação sexual visível.
Mais tarde, num chique restaurante, com um casal de amigos, ela se sente incomodada com a "amigabilidade" do marido com uma das garçonetes, num pequeno (mas inocente) flerte. Nesta hora, ela vai ao banheiro, onde pela primeira vez se encontra frente a frente com Chloe. Depois de uma pequena (mas significativa) conversa, elas saem do banheiro, e Catherine se dá conta da profissão de Chloe: prostituta. Na volta, Catherine confronta David perguntando se ele ficou apenas esperando no aeroporto pelo próximo vôo ou se ele havia saído pra tomar uns drinks. Ele mente.
Tudo isso agrava o estado emocional de Catherine. É nítido o isolamento/solidão da personagem, que é desdenhada pelo filho e meio que ignorada por David. Isso fica claro nas cenas em que ela andando pela casa, vê o marido alegremente conversando no computador via mensagem instantânea (coisa que não se vê nas conversas entre eles, quase só formais), e quando o filho fecha a porta do quarto na cara dela.
Nesse estado, Catherine se encontra novamente com Chloe, numa sucessão de planos que sugerem um jogo de uma caçando a outra. (Apenas um dica para o que está por vir.) Nesse encontro, Catherine contrata a "profissional do sexo" para que faça um serviço para ela: seduzir o marido, para ver se ele realmente a trai. E com essa ideia de jerico, nós espectadores já sabemos que vai dar problema. Claro, se não fosse assim, não teria um filme, ou seria um muito chato. :)
As atuações do trio principal estão muito boas. Julianne Moore consegue passar toda a confusão na qual sua personagem está mergulhada, apesar de eu achar que em alguns poucos momentos, ela beira a linha da caricatura. Liam Neeson, apesar de não ser o foco do filme, também tem uma atuação bem decente, e que está bem a frente de sua outra atuação nos cinemas atualmente, o Zeus de Fúria de Titãs.
E Amanda Seyfried como Chloe surpreende. Dos seus trabalhos anteriores eu só conhecia Mamma Mia!, que por ser um musical (e eu geralmente detesto musicais), não havia gostado. Mas neste O Preço da Traição, a atuação dela está muito boa. O jogo de corpo, os pequenos gestos, o tom de voz, tudo flui naturalmente de acordo com a sua personagem. E, não surpreendentemente, os olhos dela se destacam. Não apenas pelos belos e grandes olhos azuis, mas pelo olhar. Na cena em que ela é desprezada, e a câmera foca a personagem, não é preciso uma palavra, ou um som, pra sabermos o que a personagem está passando e pensando: a dor de uma mulher desprezada, a humilhação pela qual ela acabara de passar (sendo "pisada" pelo seu amor), e ao mesmo tempo, uma raiva contida que planeja vingança, sem cair, no entanto, naquele olhar maléfico clichê de psicopata.
Atenção! A partir daqui, tem alguns pequenos spoilers sobre a trama, nada grandioso, mas que pode estragar a diversão pra quem, assim como eu, não gosta de saber quase nada a priori. E, se você é um desses, também não veja o trailer.
O roteiro de O Preço da Traição é bem regular. Um ou outro defeito se destacam (como quando Chloe cai da bicicleta), mas não chegam a deixar a trama inverossímil. Há também alguns detalhes que são mal trabalhados, como a cena em que é feita uma inversão de estereótipos, quando Catherine dorme no sofá depois de uma briga com o marido. Essa cena simplesmente não se encaixa bem, e o intuito do diretor Atom Egoyan com ela, não é claro. Se é para ressaltar o lado de mulher forte e profissionalmente independente, essa cena se torna apenas risível. Se é para mostrar a solidão que aflige a personagem naquele momento, a cena é apenas confusa.
A dinâmica do relacionamento que envolve Catherine e Chloe é mostrada aos poucos, mas com várias dicas desde o primeiro encontro. Um espectador mais atento logo nota que o olhar e as atitudes de Chloe para com Catherine envolvem sentimentos mais profundos por parte da prostituta. Mesmo o jogo erótico que se inicia entre elas, é derivado deste sentimento.
Aliás, esse jogo erótico mereceria um post a parte. Apesar do roteiro não ser profundo na construção e evolução das personagens nesse quesito em particular (a prostituta apaixonada explora as fraquezas da cliente e alvo amoroso), o erotismo do texto e das imagens compensam isso. Como um bom conto erótico, as histórias de Chloe envolvem a cada vez mais confusa Catherine, excitando-a. E a cena que deixa isso graficamente explícito é a cena do banho de Julianne Moore, erótica e plasticamente linda, despontando os seios entumescidos. Apesar de entrar na casa dos 50 este ano, ainda uma MILF de respeito.
O jogo erótico entre Catherine e Chloe vai cada vez mais se desenvolvendo (graças à lábia - e por que não belos lábios - de Chloe), culminando num beijo lésbico entre as duas. E, quando eu pensava que o filme já tinha valido a pena, eis que num momento de raiva e confusão extrema, motivado também por desejos de vingança, Catherine procura Chloe para um programa completo. E a cena que se segue é o paraíso pra todo homem (normal que adora ver mulheres se pegando): Julianne Moore e Amanda Seyfried nuas, com Moore por baixo revelando mais uma vez seus seios, e Seyfried por cima, com sua mão masturbando Moore, enquanto rolam outras carícias. Uma cena curta, mas exuberante. Que me lembrou muito o trabalho de Erika Lust em um de seus filmes pornôs voltados para mulheres.
Mas claro, como todo filme do gênero (estilo Atração Fatal), o personagem que vai pra cama com o outro (ou outra, neste caso), se arrepende. E invariavelmente, o outro(a) acaba se revelando um psicopata. Esse é o clichê desse tipo de filme, e O Preço da Traição por muito pouco, mas muito pouco mesmo, não acaba neste mesmo clichê. A diferença é tão sutil que alguns podem considerar que apenas não foi mostrado o lado psicopata, por determinadas circunstâncias.
Enfim, falei demais sobre o filme O Preço da Traição. Deve ser a empolgação das cenas calientes e dos corpos exuberantes de Julianne Moore e Amanda Seyfried. Edificantes, sem dúvida. Sem essa dose de erotismo gráfico, o filme valeria a pena? A minha resposta é sim. Não vai se tornar nenhum clássico, tem seus defeitos, mas no geral, é bem executado, com uma boa dose de suspense, drama, e sobretudo, erotismo. Um filme interessante, enfim.
Trailer:
Para saber mais: crítica desfavorável no Omelete e site oficial (em inglês).
Julianne Moore é a doutora ginecologista Catherine Stewart. Da janela do seu consultório, ela vê a prostituta Chloe (interpretada por Amanda Seyfried) se despedindo de um cliente, sem ainda saber a ligação que haverá entre elas. Na introdução, a narração pela voz de Chloe já dá o tom de seu trabalho, e de suas habilidades: mexer com o desejo, se adaptar à fantasia do outro, se tornar o que o outro mais quer.
Quando o marido de Catherine, David (interpretado por Liam Neeson), perde o vôo de volta para casa, e a festa surpresa de aniversário, Catherine desconfia que ele está tendo um caso. No dia seguinte, ela vê uma mensagem no celular de David com uma foto dele com uma jovem aluna, agradecendo pela noite, mas sem conotação sexual visível.
Mais tarde, num chique restaurante, com um casal de amigos, ela se sente incomodada com a "amigabilidade" do marido com uma das garçonetes, num pequeno (mas inocente) flerte. Nesta hora, ela vai ao banheiro, onde pela primeira vez se encontra frente a frente com Chloe. Depois de uma pequena (mas significativa) conversa, elas saem do banheiro, e Catherine se dá conta da profissão de Chloe: prostituta. Na volta, Catherine confronta David perguntando se ele ficou apenas esperando no aeroporto pelo próximo vôo ou se ele havia saído pra tomar uns drinks. Ele mente.
Tudo isso agrava o estado emocional de Catherine. É nítido o isolamento/solidão da personagem, que é desdenhada pelo filho e meio que ignorada por David. Isso fica claro nas cenas em que ela andando pela casa, vê o marido alegremente conversando no computador via mensagem instantânea (coisa que não se vê nas conversas entre eles, quase só formais), e quando o filho fecha a porta do quarto na cara dela.
Nesse estado, Catherine se encontra novamente com Chloe, numa sucessão de planos que sugerem um jogo de uma caçando a outra. (Apenas um dica para o que está por vir.) Nesse encontro, Catherine contrata a "profissional do sexo" para que faça um serviço para ela: seduzir o marido, para ver se ele realmente a trai. E com essa ideia de jerico, nós espectadores já sabemos que vai dar problema. Claro, se não fosse assim, não teria um filme, ou seria um muito chato. :)
As atuações do trio principal estão muito boas. Julianne Moore consegue passar toda a confusão na qual sua personagem está mergulhada, apesar de eu achar que em alguns poucos momentos, ela beira a linha da caricatura. Liam Neeson, apesar de não ser o foco do filme, também tem uma atuação bem decente, e que está bem a frente de sua outra atuação nos cinemas atualmente, o Zeus de Fúria de Titãs.
E Amanda Seyfried como Chloe surpreende. Dos seus trabalhos anteriores eu só conhecia Mamma Mia!, que por ser um musical (e eu geralmente detesto musicais), não havia gostado. Mas neste O Preço da Traição, a atuação dela está muito boa. O jogo de corpo, os pequenos gestos, o tom de voz, tudo flui naturalmente de acordo com a sua personagem. E, não surpreendentemente, os olhos dela se destacam. Não apenas pelos belos e grandes olhos azuis, mas pelo olhar. Na cena em que ela é desprezada, e a câmera foca a personagem, não é preciso uma palavra, ou um som, pra sabermos o que a personagem está passando e pensando: a dor de uma mulher desprezada, a humilhação pela qual ela acabara de passar (sendo "pisada" pelo seu amor), e ao mesmo tempo, uma raiva contida que planeja vingança, sem cair, no entanto, naquele olhar maléfico clichê de psicopata.
Atenção! A partir daqui, tem alguns pequenos spoilers sobre a trama, nada grandioso, mas que pode estragar a diversão pra quem, assim como eu, não gosta de saber quase nada a priori. E, se você é um desses, também não veja o trailer.
O roteiro de O Preço da Traição é bem regular. Um ou outro defeito se destacam (como quando Chloe cai da bicicleta), mas não chegam a deixar a trama inverossímil. Há também alguns detalhes que são mal trabalhados, como a cena em que é feita uma inversão de estereótipos, quando Catherine dorme no sofá depois de uma briga com o marido. Essa cena simplesmente não se encaixa bem, e o intuito do diretor Atom Egoyan com ela, não é claro. Se é para ressaltar o lado de mulher forte e profissionalmente independente, essa cena se torna apenas risível. Se é para mostrar a solidão que aflige a personagem naquele momento, a cena é apenas confusa.
A dinâmica do relacionamento que envolve Catherine e Chloe é mostrada aos poucos, mas com várias dicas desde o primeiro encontro. Um espectador mais atento logo nota que o olhar e as atitudes de Chloe para com Catherine envolvem sentimentos mais profundos por parte da prostituta. Mesmo o jogo erótico que se inicia entre elas, é derivado deste sentimento.
Aliás, esse jogo erótico mereceria um post a parte. Apesar do roteiro não ser profundo na construção e evolução das personagens nesse quesito em particular (a prostituta apaixonada explora as fraquezas da cliente e alvo amoroso), o erotismo do texto e das imagens compensam isso. Como um bom conto erótico, as histórias de Chloe envolvem a cada vez mais confusa Catherine, excitando-a. E a cena que deixa isso graficamente explícito é a cena do banho de Julianne Moore, erótica e plasticamente linda, despontando os seios entumescidos. Apesar de entrar na casa dos 50 este ano, ainda uma MILF de respeito.
O jogo erótico entre Catherine e Chloe vai cada vez mais se desenvolvendo (graças à lábia - e por que não belos lábios - de Chloe), culminando num beijo lésbico entre as duas. E, quando eu pensava que o filme já tinha valido a pena, eis que num momento de raiva e confusão extrema, motivado também por desejos de vingança, Catherine procura Chloe para um programa completo. E a cena que se segue é o paraíso pra todo homem (normal que adora ver mulheres se pegando): Julianne Moore e Amanda Seyfried nuas, com Moore por baixo revelando mais uma vez seus seios, e Seyfried por cima, com sua mão masturbando Moore, enquanto rolam outras carícias. Uma cena curta, mas exuberante. Que me lembrou muito o trabalho de Erika Lust em um de seus filmes pornôs voltados para mulheres.
Mas claro, como todo filme do gênero (estilo Atração Fatal), o personagem que vai pra cama com o outro (ou outra, neste caso), se arrepende. E invariavelmente, o outro(a) acaba se revelando um psicopata. Esse é o clichê desse tipo de filme, e O Preço da Traição por muito pouco, mas muito pouco mesmo, não acaba neste mesmo clichê. A diferença é tão sutil que alguns podem considerar que apenas não foi mostrado o lado psicopata, por determinadas circunstâncias.
Enfim, falei demais sobre o filme O Preço da Traição. Deve ser a empolgação das cenas calientes e dos corpos exuberantes de Julianne Moore e Amanda Seyfried. Edificantes, sem dúvida. Sem essa dose de erotismo gráfico, o filme valeria a pena? A minha resposta é sim. Não vai se tornar nenhum clássico, tem seus defeitos, mas no geral, é bem executado, com uma boa dose de suspense, drama, e sobretudo, erotismo. Um filme interessante, enfim.
Trailer:
Para saber mais: crítica desfavorável no Omelete e site oficial (em inglês).
Preciso de um Wingman*
Amigos são pra essas coisas. Mais screenshots do episódio 20 da terceira temporada de The Big Bang Theory:
*Wingman - papel que uma pessoa pode desempenhar quando um amigo precisa de ajuda para se aproximar de potenciais parceiros sexuais.
P.S. Alguém sabe se existe equivalente em português pra wingman?
Raj: - Ei, Leonard.
Leonard: - Sim?
Raj: - Eu não faço sexo há um ano.
Leonard: - Onde quer chegar com essa conversa?
Raj: - Não seja tão convencido.
Raj: - Quero sair e conhecer alguém.
Leonard: - Então vá.
Raj: - Preciso de um parceiro (wingman), não quero parecer um perdedor.
Leonard: - E acha que minha presença vai ajudar com isso?
Raj: - Perto de você, eu pareço um bom partido.
*Wingman - papel que uma pessoa pode desempenhar quando um amigo precisa de ajuda para se aproximar de potenciais parceiros sexuais.
P.S. Alguém sabe se existe equivalente em português pra wingman?
O caso da Pessoa Jurídica e a lei - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/05/2010, ainda sobre leis e processos trabalhistas, em especial, dos PJs (pessoas jurídicas).
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O caso da Pessoa Jurídica e a lei
Na semana passada, um comentário que fiz sobre a mentira num processo trabalhista, rendeu muitas mensagens de magistrados. Para quem não ouviu o comentário original, uma senhora que havia assinado um contrato como PJ, entrou na Justiça do Trabalho para requerer os encargos sociais que um empregado recebe e um PJ não: férias, décimo-terceiro e fundo de garantia.
Muito bem. Uma considerável quantidade de PJs também me escreveu, levantando outro aspecto da questão. Vou ler uma das mensagens, que resume todas as outras:
"Eu sou PJ. Assinei um contrato com uma empresa, sabendo que pela lei trabalhista, eu posso entrar com um processo e requerer a minha efetivação. Não tenho dúvida de que eu ganharia a causa, mas não vou mover processo algum, por uma questão de honestidade. Eu não mereço receber férias, décimo-terceiro e fundo de garantia sobre meus vencimentos atuais, porque esses vencimentos estão acima do salário pago pelo mercado, para minha função. Para mim, está claro que o que eu recebo já incorpora os encargos sociais. Eu sei fazer as contas e calculei tudo direitinho quando assinei o contrato.
Entendo que a legislação trabalhista brasileira leva em conta que empregados precisam ser protegidos contra a ganância dos patrões. Pode ser que isso seja verdade em muitos casos, mas não é no meu, e garanto que não é no caso da maioria dos PJs.
Eu optei por essa modalidade não por inocência ou falta de informação, mas porque ela me é muito favorável. A ouvinte que fez a reclamação trabalhista que você comentou, e ainda arrastou uma PJ satisfeita para o processo, é que merece receber críticas. Se ela não concordava em ser PJ, podia e devia ter recusado a proposta.
A Justiça do Trabalho, corretamente, irá sempre decidir pelo que está escrito na lei, mas na minha opinião, a lei é que precisa ser atualizada, levando em conta que os encargos sociais são altíssimos para as empresas, e que existem profissionais brasileiros capazes de pensar e de decidir por conta própria."
Por mais que eu possa concordar com as ponderações do ouvinte, existe no caso do PJ, como também no caso da mentira, uma lei em vigor e ela se sobrepõem às opiniões pessoais. Essa lei determina as condições para alguém ser PJ. O fato da lei eventualmente estar anacrônica, não permite que cada um crie uma lei mais conveniente, por mais sentido que ela faça.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O caso da Pessoa Jurídica e a lei
Na semana passada, um comentário que fiz sobre a mentira num processo trabalhista, rendeu muitas mensagens de magistrados. Para quem não ouviu o comentário original, uma senhora que havia assinado um contrato como PJ, entrou na Justiça do Trabalho para requerer os encargos sociais que um empregado recebe e um PJ não: férias, décimo-terceiro e fundo de garantia.
Muito bem. Uma considerável quantidade de PJs também me escreveu, levantando outro aspecto da questão. Vou ler uma das mensagens, que resume todas as outras:
"Eu sou PJ. Assinei um contrato com uma empresa, sabendo que pela lei trabalhista, eu posso entrar com um processo e requerer a minha efetivação. Não tenho dúvida de que eu ganharia a causa, mas não vou mover processo algum, por uma questão de honestidade. Eu não mereço receber férias, décimo-terceiro e fundo de garantia sobre meus vencimentos atuais, porque esses vencimentos estão acima do salário pago pelo mercado, para minha função. Para mim, está claro que o que eu recebo já incorpora os encargos sociais. Eu sei fazer as contas e calculei tudo direitinho quando assinei o contrato.
Entendo que a legislação trabalhista brasileira leva em conta que empregados precisam ser protegidos contra a ganância dos patrões. Pode ser que isso seja verdade em muitos casos, mas não é no meu, e garanto que não é no caso da maioria dos PJs.
Eu optei por essa modalidade não por inocência ou falta de informação, mas porque ela me é muito favorável. A ouvinte que fez a reclamação trabalhista que você comentou, e ainda arrastou uma PJ satisfeita para o processo, é que merece receber críticas. Se ela não concordava em ser PJ, podia e devia ter recusado a proposta.
A Justiça do Trabalho, corretamente, irá sempre decidir pelo que está escrito na lei, mas na minha opinião, a lei é que precisa ser atualizada, levando em conta que os encargos sociais são altíssimos para as empresas, e que existem profissionais brasileiros capazes de pensar e de decidir por conta própria."
Por mais que eu possa concordar com as ponderações do ouvinte, existe no caso do PJ, como também no caso da mentira, uma lei em vigor e ela se sobrepõem às opiniões pessoais. Essa lei determina as condições para alguém ser PJ. O fato da lei eventualmente estar anacrônica, não permite que cada um crie uma lei mais conveniente, por mais sentido que ela faça.
Max Gehringer, para CBN.
2010-05-25
Como responder a um 'Como vai você?' de maneira nerd
Serve tanto para "Como vai você?" ou "Como você está?".
Screenshots do episódio 20 da terceira temporada de The Big Bang Theory, uma das séries que eu ando assistindo regularmente nos últimos tempos. Nerd Pride!
Bazinga!
Screenshots do episódio 20 da terceira temporada de The Big Bang Theory, uma das séries que eu ando assistindo regularmente nos últimos tempos. Nerd Pride!
Penny: - Então, como você vai?
Sheldon: - Minha existência é uma sequência contínua, logo, tenho sido o que sou no período de tempo indicado.
Bazinga!
Notas e nome da instituição têm importância no processo seletivo? - by Max Gehringer
Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/05/2010, sobre as notas escolares e o nome da instituição, no futuro da carreira profissional.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Notas e nome da instituição têm importância no processo seletivo?
"Tenho 22 anos", escreve um ouvinte, "e estou cursando Administração em uma faculdade não muito conceituada. Ouço dizer que o diploma é apenas a porta de entrada para uma organização, e o que a gente realmente aprende é por meio da experiência no mundo profissional. Por isso gostaria que você respondesse a duas perguntas. As notas que eu tiro vão fazer alguma diferença no processo seletivo? E o nome da instituição terá algum peso, mesmo que mínimo?"
A resposta para a primeira pergunta é não. Eu só conheci três empresas até hoje, num universo de muitas centenas delas, que levavam em conta não apenas as notas do aluno, como também o número de faltas durante o curso. Mas isso não quer dizer que tirar nota alta ou nota baixa é a mesma coisa, ou que matar aula não vai influir numa futura contratação. O fato de que as empresas não fazem isso hoje, não é uma indicação de que não farão amanhã. Portanto, seja o melhor aluno que você puder ser, você só terá a ganhar com isso.
Quanto a segunda pergunta, a resposta é sim. Na procura do primeiro emprego, o nome da instituição influi, mas apenas no caso de grandes empresas. Elas recebem tantos currículos todos os dias, que são obrigadas a aplicar alguns filtros para excluir a maioria deles. E um desses filtros é o prestígio da escola.
Mas novamente, não se preocupe excessivamente com esse fato. As grandes empresas geram menos de 10% dos empregos, e as escolas mais afamadas formam menos de 5% de alunos. A enorme maioria dos formandos brasileiros não terá uma grife escolar no currículo, mas nem por isso deixará de conseguir um emprego decente.
Depois disso, o nosso ouvinte tem toda a razão. Os resultados, a experiência e a capacidade de se relacionar bem, em todos os níveis, é que serão os verdadeiros filtros da carreira profissional. Nesse processo, muitos jovens formados em escolas renomadas poderão ficar para trás, e muitos que se formaram em escolas pouco conceituadas conseguirão progredir rapidamente.
Em resumo, o nome da escola pode ajudar a entrar em uma grande empresa. Mas depois disso, o diploma sozinho não irá garantir nem a ascensão, nem sequer a permanência.
Max Gehringer, para CBN.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Notas e nome da instituição têm importância no processo seletivo?
"Tenho 22 anos", escreve um ouvinte, "e estou cursando Administração em uma faculdade não muito conceituada. Ouço dizer que o diploma é apenas a porta de entrada para uma organização, e o que a gente realmente aprende é por meio da experiência no mundo profissional. Por isso gostaria que você respondesse a duas perguntas. As notas que eu tiro vão fazer alguma diferença no processo seletivo? E o nome da instituição terá algum peso, mesmo que mínimo?"
A resposta para a primeira pergunta é não. Eu só conheci três empresas até hoje, num universo de muitas centenas delas, que levavam em conta não apenas as notas do aluno, como também o número de faltas durante o curso. Mas isso não quer dizer que tirar nota alta ou nota baixa é a mesma coisa, ou que matar aula não vai influir numa futura contratação. O fato de que as empresas não fazem isso hoje, não é uma indicação de que não farão amanhã. Portanto, seja o melhor aluno que você puder ser, você só terá a ganhar com isso.
Quanto a segunda pergunta, a resposta é sim. Na procura do primeiro emprego, o nome da instituição influi, mas apenas no caso de grandes empresas. Elas recebem tantos currículos todos os dias, que são obrigadas a aplicar alguns filtros para excluir a maioria deles. E um desses filtros é o prestígio da escola.
Mas novamente, não se preocupe excessivamente com esse fato. As grandes empresas geram menos de 10% dos empregos, e as escolas mais afamadas formam menos de 5% de alunos. A enorme maioria dos formandos brasileiros não terá uma grife escolar no currículo, mas nem por isso deixará de conseguir um emprego decente.
Depois disso, o nosso ouvinte tem toda a razão. Os resultados, a experiência e a capacidade de se relacionar bem, em todos os níveis, é que serão os verdadeiros filtros da carreira profissional. Nesse processo, muitos jovens formados em escolas renomadas poderão ficar para trás, e muitos que se formaram em escolas pouco conceituadas conseguirão progredir rapidamente.
Em resumo, o nome da escola pode ajudar a entrar em uma grande empresa. Mas depois disso, o diploma sozinho não irá garantir nem a ascensão, nem sequer a permanência.
Max Gehringer, para CBN.
2010-05-24
Boa noite
Cansei. Acabei de ver o último episódio de Lost, e estou cansado. Excelente, sem dúvida, o melhor encerramento de série que eu já vi. Mas tanta emoção também cansa, por isso, farei como os amigos abaixo:
5 Propagandas com gente feia
Geralmente o que vemos na publicidade são pessoas bonitas, belos corpos, rostos simétricos, etc. Mas há um segmento que se aproveita justamente do contrário, da feiúra, para (algumas vezes tentar) fazer graça e assim, chamar a atenção. Abaixo, 5 campanhas que usam essa estratégia:
1 - Se ele (ou ela) parece atraente, você está muito bêbado(a) pra dirigir.
Eis o mote da campanha do Departamento de Trânsito de Wyoming, de conscientização do perigo de beber e dirigir, usando pessoas feias.
Ainda sobre os efeitos etílicos sobre a percepção das pessoas, a segunda campanha:
2 - Cerveja light
A ideia é que quando você está bêbado, todo mundo fica atraente. Com esta cerveja Coopers Premium Light Lager, de apenas 2,9% de teor alcóolico como diz a propaganda, os efeitos óticos podem ser parciais. O que pode ser bom ou ruim, dependendo da sua secura.
Além do álcool, problemas de visão podem te prejudicar na escolha do parceiro. Isso, pelo menos, é o que diz a terceira propaganda:
3 - Todos testes de visão por apenas uma 250.
É o que diz a propaganda da Eyelab, uma clínica da visão da África do Sul.
Agora, se você, como feio(a) arranjar um parceiro(a) igualmente deficiente de beleza, a quarta propaganda lhe pede:
4 - Por favor, use camisinha.
Obviamente, uma propaganda de camisinha. A ideia é que pessoas feias não tenham filhos, pra não propagar a feiúra.
Particularmente, acho que deveria ter uma campanha dessas mirando pessoas idiotas. Idiotas como as pessoas-alvo da quinta propaganda:
5 - Elas vão ver algo bonito em você.
Aqui, a exploração do velho estereótipo (que muitas vezes se mostra verdadeiro): mulheres gostam de carros, então se você é feio, compre um carrão! De preferência, um Mitsubishi Lancer, na Costa Rica, origem dessa campanha.
Fontes: 1 - Copyranter - The State of Wyoming Asks Drunks to Take a Hot or Not Sobriety Test
2 - Copyranter - The most sexist beer ads ever produced?
3 - Ads of the World.
4 - Copyranter - Ugly? Use a condom.
5 - Copyranter - Yet another car marketed to male losers.
1 - Se ele (ou ela) parece atraente, você está muito bêbado(a) pra dirigir.
Eis o mote da campanha do Departamento de Trânsito de Wyoming, de conscientização do perigo de beber e dirigir, usando pessoas feias.
Ainda sobre os efeitos etílicos sobre a percepção das pessoas, a segunda campanha:
2 - Cerveja light
A ideia é que quando você está bêbado, todo mundo fica atraente. Com esta cerveja Coopers Premium Light Lager, de apenas 2,9% de teor alcóolico como diz a propaganda, os efeitos óticos podem ser parciais. O que pode ser bom ou ruim, dependendo da sua secura.
Além do álcool, problemas de visão podem te prejudicar na escolha do parceiro. Isso, pelo menos, é o que diz a terceira propaganda:
3 - Todos testes de visão por apenas uma 250.
É o que diz a propaganda da Eyelab, uma clínica da visão da África do Sul.
Agora, se você, como feio(a) arranjar um parceiro(a) igualmente deficiente de beleza, a quarta propaganda lhe pede:
4 - Por favor, use camisinha.
Obviamente, uma propaganda de camisinha. A ideia é que pessoas feias não tenham filhos, pra não propagar a feiúra.
Particularmente, acho que deveria ter uma campanha dessas mirando pessoas idiotas. Idiotas como as pessoas-alvo da quinta propaganda:
5 - Elas vão ver algo bonito em você.
Aqui, a exploração do velho estereótipo (que muitas vezes se mostra verdadeiro): mulheres gostam de carros, então se você é feio, compre um carrão! De preferência, um Mitsubishi Lancer, na Costa Rica, origem dessa campanha.
Fontes: 1 - Copyranter - The State of Wyoming Asks Drunks to Take a Hot or Not Sobriety Test
2 - Copyranter - The most sexist beer ads ever produced?
3 - Ads of the World.
4 - Copyranter - Ugly? Use a condom.
5 - Copyranter - Yet another car marketed to male losers.
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