Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/06/2017, sobre a palavra "empoderamento".
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A moda passa, a necessidade das ações fica
Um ouvinte escreve: "Minha empresa está implantando um programa de empoderamento. Com o perdão da palavra, acho isso uma enganação. E você?"
Eu não acho uma enganação, mas concordo com você que o termo "empoderamento" se aplica muito mais a situações sociais do que a empresas.
No Brasil nós temos essa mania de achar que podemos mudar uma situação mudando o nome dela. E o empoderamento entra nesse rol de invenções.
Nós temos a palavra que define o que a sua empresa quer fazer: delegar. Isso significa dar mais liberdade às pessoas para tomarem as suas próprias decisões.
Tivemos também, há algum tempo, uma variação, o "empreendedorismo interno", cujo mote era "pense como você fosse o dono". Não deu muito certo porque o empregado, como se sabe, não é o dono.
Os americanos vêm usando há décadas o termo "empowerment", de onde traduzimos o empoderamento. Há exatos 20 anos eu participei de uma reunião sobre empowerment na multinacional em que eu trabalhava.
Em resumo, a empresa tinha que proporcionar ao empregado todos os meios e recursos para que ele se desempenhasse da melhor maneira possível, incluindo a possibilidade de tomar decisões rotineiras sem consultar o chefe. Ou seja, a empresa tinha que delegar e apoiar.
Agora e durante algum tempo, isso será chamado de empoderamento. Mas não se preocupe, porque a moda passa e as necessidades ficam.
Max Gehringer, para CBN.
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