Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/08/2013, com um ouvinte que trabalha em uma empresa que pode pedir concordata e sugeriu que se seus funcionários recebessem uma proposta de emprego em outra empresa, deveriam aceitá-la.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Situação da empresa é ruim e uma concordata não está fora de cogitação'
Um ouvinte escreve: "Trabalho em uma empresa que foi de uma sinceridade até inesperada, para conosco. Fomos avisados de que a situação financeira da empresa é ruim e que uma concordata não estaria fora de cogitação. Por isso, a empresa sugeriu que quem recebesse uma proposta para sair, deveria aceitá-la.
É claro que por um lado ficamos gratos por essa transparência. Mas, por outro lado, estamos apavorados com a possibilidade de ficarmos na rua da amargura de um momento para outro. Imagino que a melhor solução seria procurar outro emprego, que é o que todos nós estamos fazendo. É isso mesmo?"
Bom, não necessariamente. Eu separaria os funcionários em dois tipos, bem diferentes. Existem aqueles que já começaram a ter insônia e não conseguem mais se concentrar no trabalho. Esses devem sair o mais rápido possível.
Mas também existem aqueles que são um pouco mais otimistas e pensam o seguinte: uma concordata não é uma falência. Muitas empresas já passaram por essa situação e acabaram saindo dela saneadas e fortalecidas. E quando isso acontece, aqueles que acreditaram e ficaram, geralmente conseguem dar um salto na carreira que não dariam em uma situação de normalidade.
Além disso, ficar irá acrescentar ao currículo uma qualidade que será muito apreciada em futuras entrevistas: a de não abandonar o barco quando a empresa mais precisa de suporte de seus funcionários.
Minha sugestão é que você não saia em disparada somente porque todos estão debandando. Avalie se você terá condições psicológicas para suportar esse período de incerteza. Se tiver, eu recomendo que você fique.
Max Gehringer, para CBN.
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