Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/11/2018, com uma ouvinte que cometeu um erro no trabalho e está em dúvida se o revela ou não.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A importância de assumir os erros na empresa
Uma ouvinte escreve: "Cometi um erro no serviço. Não creio que ele será descoberto, mas não consigo parar de me preocupar. É o meu primeiro erro, mas a minha chefia é intolerante com quem erra. E não sei o que é pior: ficar calada ou me apresentar para assumir a culpa e arcar com as consequências."
Muito bem. "Errar é humano", disse um dia, um humano que errou e não achou uma boa desculpa.
Em seu lugar, eu começaria considerando que, se o caso chegar aos ouvidos inclementes da sua chefia, é melhor que chegue por você, e não por outro meio: você teria duas explicações para dar, em vez de uma.
Mas para o seu conforto imediato, eu lhe diria que, empregados que voluntariamente assumem erros são em menor número do que aqueles que esperam até serem descobertos. Portanto, por enquanto, você está com a maioria.
E quando o erro aparece, há algumas reações previsíveis:
1ª: Negar o fato.
2ª: Mostrar total surpresa.
3ª: Tentar achar um fator externo que possa ter contribuído para que o erro acontecesse.
4ª: Culpar o excesso de trabalho.
5ª: Lembrar que esse foi o primeiro erro cometido em não-sei-quanto-tempo de empresa.
6ª: Entrar em momentâneo estado de abatimento.
Comparado a esse penoso processo purgativo, parece-me mais simples se apresentar, mencionar o erro e aceitar a repreensão.
E há até um lado bom: a confissão aumenta a confiança da chefia no subordinado. E a ocultação a destrói.
Max Gehringer, para CBN.
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