2018-11-13

E quando surge aquele português ruim... Falar ou deixar pra lá? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/11/2018, com uma ouvinte que deu um conselho não solicitado a um colega e ele reagiu mal.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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E quando surge aquele português ruim... Falar ou deixar pra lá?

dando conselhos no trabalho

Escreve uma ouvinte: "Tive uma surpresa muito desagradável quando tentei ajudar um colega de trabalho. Ele comete muitos erros quando fala, e eu sugeri que uma imersão em português poderia ser útil para o futuro profissional dele.

Ao contrário do que eu esperava, ele ficou ofendidíssimo. E pior: começou a espalhar que eu era metida, enxerida e outros adjetivos depreciativos. Minha imagem com os colegas, que era boa, acabou ficando arranhada. E ainda não entendi o que fiz de errado."

Bom, você tomou a iniciativa de oferecer um conselho a alguém que não achou que estava precisando de um, antes de ser aconselhado. E não acreditou que estivesse, depois que foi. E eu lhe diria que essa é a reação mais normal nesse tipo de situação.

Entre colegas de trabalho existe uma espécie de código de conduta não-escrito. Se um deles estiver necessitando de um aconselhamento, ele é que irá escolher a quem irá pedi-lo.

Um oferecimento de bom grado, como ocorreu no seu caso, geralmente é visto como intromissão não solicitada. Além disso, costuma soar como uma crítica, e não como uma assessoria camarada.

Certamente você estava bem-intencionada, mas considere o seguinte: conselhos profissionais podem e devem ser dados por um superior a um subordinado, porque aí existe uma relação de autoridade.

Entre colegas, a melhor maneira de manter um bom relacionamento é elogiar. Dar conselho, só se o colega implorar por um.

Max Gehringer, para CBN.


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