Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/11/2018, com uma ouvinte que trabalha como ouvidora em sua empresa e notou algumas mudanças nos padrões sociais.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Cabe à direção da empresa decidir o que é e o que deixou de ser aceitável
Uma ouvinte escreve: "A empresa em que trabalho tem, há anos, um setor de ouvidoria, para receber queixas dos empregados. Faço parte desse setor e venho notando uma mudança significativa.
No começo, as queixas eram centradas em aspectos físicos, como banheiros, iluminação e atendimento de convênio médico. Atualmente, boa parte versa sobre atitudes, como racismo, sexismo, machismo e homofobia.
As queixas são encaminhadas aos gestores para providências, mas noto que começa a haver uma clara separação de conceitos entre os empregados mais antigos, que querem deixar tudo como está, e os mais novos, que exigem trabalhar em um ambiente respeitoso e igualitário.
Creio que isso está também ocorrendo em empresas que não tenham um canal direto de comunicação entre direção e empregados."
Sim, isso está. As mudanças sociais criaram essa polarização. E as redes sociais se encarregam de sua amplificação.
Em resumo, há um grupo que não pode mais falar o que antes podia. E há outro grupo que passou a usar o direito de dizer o que pensa.
No meio desse entrevero, felizmente, estão as pessoas sensatas e ponderadas. Mas cabe à direção da empresa definir o que é e o que deixou de ser aceitável ou permitido. E deixar claro que desvios de conduta serão punidos.
O maior erro de uma empresa seria deixar a batalha por conta dos próprios empregados, para ver quem é que sai ganhando. Porque aí, todos irão perder.
Max Gehringer, para CBN.
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