Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/12/2012, com um ouvinte cuja empresa proibiu o acesso à internet.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Minha empresa proibiu o acesso à internet'
Um ouvinte escreve: "Minha empresa proibiu os funcionários de acessar a internet. Entendo que alguns colegas talvez tenham exagerado um pouco, mas a maioria era consciente e uma navegada ocasional ajudava a diminuir a tensão. Você concorda que uma imposição desse tipo só mostra que a empresa é atrasada?"
Bom, eu não sei se ela é atrasada, mas certamente ela chegou com atraso, porque poderia ter tomado alguma medida preventiva bem antes que a situação chegasse a esse ponto, de necessitar uma ação corretiva e antipática.
Existem funcionários, como o nosso ouvinte, que conseguem se controlar. Mas a realidade é que a internet vicia. Já existem pesquisas fora do Brasil mostrando que a internet se tornou o fator número um de desperdício de tempo no trabalho. As mesmas pesquisas mostram que os funcionários não percebem o tempo que realmente gastam navegando. E também não é surpresa que o maior índice de navegação esteja na faixa entre 18 e 28 anos, porque essa é a geração que cresceu plugada e vê o hábito como normal. Em média, quando a internet é liberada, esse contingente dedica a ela quase duas horas do expediente diário.
O que a empresa do nosso ouvinte fez, e muitas já fizeram, foi baixar um decreto que proíbe tudo, enquanto se pensa em soluções mais apropriadas. Uma delas foi a de vigiar o conteúdo que os funcionários acessam, algo que a lei permite, mas que me parece ainda mais antipático do que a proibição.
O mais recomendável seria dar metas individuais a serem alcançadas e cobrar os resultados práticos obtidos, e não o tempo dedicado a eles. Só assim a empresa descobrirá que a internet liberada pode ser um fator de distração e desperdício para uns, e de melhor produtividade para outros.
Max Gehringer, para CBN.
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