Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/01/2019, com um ouvinte que estudou bastante, mas acha que não tem o emprego que merece.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Tenho pós-graduação e mestrado, mas não tenho um emprego compatível à minha formação'
Escreve um ouvinte: "Tenho 25 anos. Sempre ouvi falar que uma sólida formação escolar iria me assegurar uma carreira bem sucedida. E por isso, estudei muito mais do que a média de pessoas com minha idade. Tenho pós-graduação e mestrado, e falo dois idiomas. Mas não tenho, nem de longe, um emprego compatível com a minha formação. Será que entendi errado o que ouvi ou foi só propaganda enganosa de escolas, para atrair alunos?"
Não, calma! Você entendeu certo. O que talvez não tenha ficado tão claro, é que os cursos que você fez serão muito úteis para a sua carreira ao longo do tempo, mas não todos de uma vez, e nem já nas vagas iniciais.
Se você for, por exemplo, contratado para uma vaga administrativa, você será comparado com colegas que executam tarefas similares às suas, qualquer que seja a formação que eles tenham.
Talvez nessa função você não precise usar nem 10% do conhecimento que adquiriu, mas a cada passo dado na carreira, a sua formação irá se tornar cada vez mais proveitosa para a sua empresa e mais atrativa para o mercado.
O seu estudo irá, sem dúvida, contribuir para que você tenha um futuro melhor do que a média das pessoas da sua idade. Mas antes você precisará passar pelo presente, que requer resultados concretos em funções em que você talvez considere primárias e sem desafios.
Resumindo: o seu estudo lhe dará grande vantagem competitiva, mas não lhe permitirá saltar etapas que são comuns a todos os que começam a carreira.
Max Gehringer, para CBN.
Um comentário:
Acho que isso é meia verdade. Muda muito conforme a área de estudo e atuação profissional. Na minha por exemplo, a experiência conta muito mais que a titulação (até mesmo pela fragilidade prática do conhecimento acadêmico). Especialização só começou a pesar quando cheguei em cargos de gestão. Mestrado talvez nunca seja importante, não fora da carreira acadêmica. Mas nesse aspecto o coleguinha vai bem, ao menos quando precisar da titulação não vai precisar virar noites ou ficar sem trabalhar por 2 anos para consegui-las...
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