Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/12/2017, sobre se os chefes pioraram ou se os funcionários é que se mostram mais exigentes.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Os chefes pioraram ou os funcionários estão mais exigentes?
Dia sim e dia também, eu recebo mensagens de ouvintes descontentes com a chefia. Por exemplo: "Meu chefe fala alto", "Meu chefe não me dá tarefas a altura de minhas qualificações", "Meu chefe me ignora", "Meu chefe me passa metas impossíveis", "Meu chefe é incompetente".
De cada dez mensagens nessa linha, nove terminam perguntando se a solução seria mudar de emprego. E eu fico pensando: foram os chefes que pioraram tanto ou foram os subordinados que se tornaram mais exigentes?
A opção dois parece ser a mais correta. Os funcionários vêm se tornando cada vez mais conscientes em relação à carreira e ao tratamento.
Do outro lado dessa equação, e no meio da pirâmide, estão os chefes. Acima deles, existem gerentes que pressionam. E que, por sua vez, são pressionados pelos diretores.
Para o empregado que não ocupa um cargo de liderança, trocar de emprego é a opção mais fácil, embora nem sempre produza os efeitos esperados, já que na empresa seguinte, também haverá chefes que não se enquadram nos figurinos de elegância e compreensão que os subordinados esperam.
Em síntese, o mercado de trabalho vem testando a capacidade de cada profissional, chefe ou não, de administrar a pressão que sofre. Mas muitas empresas estão falhando em não oferecer lenitivos para tornar essa pressão mais suportável.
E o resultado tem sido a troca constante de um emprego por outro igual, uma situação que não beneficia nem a empresa, e nem o empregado.
Max Gehringer, para CBN.
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