2018-09-05

'Carta de recomendação é um elogio' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/09/2018, com um ouvinte que é gerente e recebeu um pedido de um ex-funcionário para lhe conceder uma carta de recomendação.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Carta de recomendação é um elogio'

carta de recomendação profissional

Escreve um ouvinte: "Sou gerente de uma companhia com ótimo conceito no mercado. Um ex-funcionário, que trabalhou comigo até o ano passado, e que no momento está desempregado, me ligou para pedir uma carta de recomendação. Não tenho grandes elogios a fazer a ele, mas também não tenho nenhuma crítica. Como você sugere que eu conduza esse assunto?"

Vamos lá. Uma carta de recomendação, como o nome indica, é um elogio ao trabalho e ao comportamento de um profissional. Ou seja, você estaria afirmando que uma empresa faria um bom negócio se contratasse o funcionário elogiado.

Mesmo que você esteja propenso a atender ao pedido dele, é bom verificar se a sua empresa autoriza um gestor, como é o seu caso, a emitir uma opinião que, queira você ou não, recai também sobre a própria empresa.

Na pior hipótese, digamos que um ex-funcionário decida mover um processo trabalhista. E anexe aos autos, uma carta do ex-chefe afirmando que ele foi um ótimo empregado. Isso vale como uma prova de boa conduta.

É por isso que empresas não dão cartas de recomendação elogiosas, mas apenas declarações vagas e neutras, do tipo "nada consta em nossos registros que desabone".

O que você pode fazer é autorizar o ex-funcionário a mencionar você como referência para contatos pessoais de recrutadores. Falando, você poderá decidir o que irá dizer. Se escrever e assinar, não terá mais possibilidade de se retratar.

Max Gehringer, para CBN.


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