Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/10/2018, com um ouvinte gerente que trabalha em uma empresa afetada pela crise que vive um ambiente de trabalho ruim e cheio de boataria.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Qual é o melhor remédio contra a boataria numa empresa em crise?
Uma ouvinte escreve: "Sou gerente de uma grande companhia que sempre crescia e dava lucro. E por isso, tínhamos empregados satisfeitos com o salário e os benefícios. Mas a crise nos pegou e acredito que tenha sido porque nossa direção demorou muito a reagir.
Víamos empresas do nosso ramo apertando o cinto e a nossa continua acreditando que era vacinada contra crises. Como não éramos, aconteceram demissões, tanto na base, quanto em cargos de alta gestão. E gastos que eram feitos sem necessidade de aprovação prévia, apenas com base no orçamento, agora são controlados como se fossem custar o último centavo disponível.
Nosso ambiente está horrível, com pessoas assustadas e reclamando de tudo, e muitos boatos de que a empresa está a ponto de quebrar. Nós, gerentes, temos sido convocados para dar nossa opinião, mas como nunca lidamos com situações dessa gravidade, ficamos sem saber o que sugerir."
Bom, normalmente as sugestões apresentadas em casos assim, costumam focar mais em cortes de pessoal ou de gastos, que resultarão em maior desânimo.
Minha sugestão seria mais simples: dizer a verdade aos funcionários. Reunir todos eles, apresentar números reais, explicar a real gravidade e manter boletins atualizados sobre as medidas tomadas.
Em crises, boatos são um veneno corrosivo. Mas eles surgem não por conspiração, mas por falta de informação. E o melhor antídoto para a boataria é a transparência.
Max Gehringer, para CBN.
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