Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/12/2018, com um ouvinte que se tornou chefe de um amigo, que ele demitiria pelo lado profissional.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/==========================================================================
Sou chefe de um amigo mas, pelo lado profissional, eu o demitiria. O que fazer?
Um ouvinte escreve: "Tenho um amigo, desde os tempos da juventude, que trabalha na mesma empresa que eu. Nossas famílias se conhecem, nossas esposas trocam mensagens pelo zap e tudo ia bem com nossa amizade, até que me tornei chefe dele.
Não levei muito tempo para descobrir que ele é o tipo de funcionário mais ou menos, que sempre deixa alguma ponta solta em qualquer tarefa que executa. Falei com ele algumas vezes, mas não adiantou, porque ele não vê a carreira com a mesma seriedade que eu vejo.
Considerando apenas o lado profissional, eu o demitiria. Pelo lado pessoal, se demiti-lo, vou me lamentar pelo resto da vida, por ter estragado uma amizade que envolve a nós dois e as nossas famílias. Você passou por alguma situação parecida?"
Sim, e mais de uma vez, por ter trabalhado em uma grande empresa de uma cidade não muito grande, onde todo mundo se conhecia, e arrumar emprego para amigos era quase uma obrigação.
Talvez o mundo corporativo tenha ficado mais sério, como você diz. Mas depois que me tornei gestor, eu sempre preservei as amizades. Transferia os amigos ineficientes para outras áreas da empresa, ou dava a eles tarefas menos complexas.
Não é o que está na cartilha do executivo perfeito, mas perfeição nunca foi o meu forte.
Só posso lhe dizer que a perda de um amigo permanente nunca será compensada pela manutenção de um cargo provisório. Os empregos passam e os amigos ficam.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário